O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, defendeu a necessidade de “um banho de ética” para os homens públicos no Brasil, ao falar no 2º Seminário de Assuntos Parlamentares, promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), nesta segunda-feira (23), na sede do Instituto Legislativo Brasileiro. Segundo ele, “a nós, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário cabe servir à sociedade e não se servir do cargo”.
Marco Aurélio também defendeu enfaticamente o fortalecimento do Legislativo, que “precisa assumir o papel que lhe cabe e não pode se estar subordinado ao Executivo”. Dirigindo-se aos deputados, ele disse que “vocês prestam contas não ao Executivo, mas ao povo brasileiro, aos contribuintes e devem estar conscientes de sua importância”.
O ministro fez uma análise do momento atual no Brasil, “uma quadra muito estranha”, e se perguntou o que deveria ser feito. Ele próprio respondeu que não é o caso de mais leis ou mais emendas à Constituição, “que deveria ser um documento mais estável”.
“Precisamos é de homens públicos que observem o cumprimento das leis que já existem” – afirmou. E aproveitou para chamar a atenção dos deputados para a quantidade de leis inconstitucionais produzidas pelas Assembleias, além da Câmara, do Senado e das Câmaras Municipais.
Indagado sobre a reforma política, Marco Aurélio não deu ao tema maior importância. “Não teremos melhores dias se nos apegarmos apenas ao aspecto formal”. Segundo ele, mais relevante é avançar em termos culturais, voltando os olhos, com seriedade de propósitos, para a educação. E, voltando a insistir na questão da ética, disse que “precisamos é de vergonha na cara”.SENADO FEDERAL
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