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domingo, 15 de março de 2015

DILMA VAI DO CÉU AO INFERNO EM CINCO MESES

Por ipuemfoco   Postado  domingo, março 15, 2015   Sem Comentários


Problemas na economia, denúncias de corrupção, adoção de medidas impopulares e trombadas com o Congresso causaram problemas ao PT.

O tsunami político que atinge o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), provocando manifestações e indignação pelo país, é resultado principalmente da crise econômica, mas tem raízes também nas recentes medidas impopulares, na falta de habilidade de articulação com o Congresso e, especialmente, na divulgação dos casos de corrupção na Petrobras. A análise é de cientistas políticos que se apoiam em uma cronologia de fatos desde a reeleição.

Vencedora nas urnas depois de uma dura disputa com o PSDB, principal partido de oposição, Dilma iniciou a trajetória de queda na popularidade — chegou a ter 42% de avaliação da administração como ótimo/bom em dezembro, e, em fevereiro, estava apenas com 24%, de acordo com pesquisas do Datafolha — ao permitir o aumento do preço da gasolina menos de um mês após a vitória. 


E não ficou só nisso. O anúncio de regras mais rígidas para recebimento de benefícios trabalhistas, que ela prometera em campanha jamais tocar, o arrocho fiscal, além do anúncio de um ministério sem nomes de peso e claramente fatiado para satisfazer os partidos aliados, funcionaram, entre outras coisas, como o combustível que detonou a série de protestos marcados para hoje.

O cientista político Torquato Gaudêncio lembra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também enfrentou terremotos, especialmente no primeiro mandato, quando foi revelado o escândalo do mensalão, mas nem de longe na mesma escala da presidente Dilma. A razão? O bom desempenho da economia à época.

 “A locomotiva que puxa o trem do social é a economia. Portanto, em tempos de inflação baixa e crescimento do emprego, as crises políticas tendem a se amenizar”, afirma Gaudêncio. Desde que Dilma iniciou o segundo mandato, o país vem enfrentando uma inflação crescente, que chega à casa de 8% ao ano e, a isso, se juntaram outros fatores indiretos que terminaram por afetar a percepção de bem-estar dos brasileiros, como a crise hídrica e de energia, o protesto dos caminhoneiros, a elevação dos alimentos em razão da seca. “Isso faz com que o balão da opinião pública se infle e continue subindo”, diz.

Ruim

O professor Fábio Wanderley Reis, doutor pela Universidade de Harvard (EUA) e professor emérito da Universidade Federal de Minas, explica que a atual crise do governo petista tem motivações distintas. “A primeira é objetiva: que é o atual quadro econômico, com aumento da inflação e do desemprego, afetando diretamente o bolso da população. Soma-se a isso uma motivação subjetiva, que é gerada por uma denúncia intensa de corrupção, em razão dos desvios de recursos da Petrobras. 

O atual quadro político é singularmente ruim”, explica. Fábio Wanderley observa que neste caldeirão está adicionado outro ingrediente: a grande frustração dos eleitores provocada pela derrota da oposição, depois de uma enorme expectativa de que o PSDB interromperia uma sequência de 16 anos do governo petista.CORREIOBRAZILIENSE

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