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terça-feira, 13 de maio de 2014

MANTER PMDB ALIADO É O PRINCIPAL DESAFIO DE DILMA

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, maio 13, 2014   Sem Comentários

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Impasses regionais e possibilidade de segundo turno criam tendência de contestação da aliança na convenção nacional do PMDB; ciente dos riscos, vice-presidente Michel Temer
tenta contornar a instabilidade, prometendo aos diretórios que os próximos quatro anos serão melhores; já o PT se vê diante de ter que abandonar candidaturas próprias e de aliados em importantes colégios eleitorais para abraçar os nomes do PMDB

Que o PMDB está descontente com o casamento com o PT não é novidade. Líderes do partido e articulistas políticos dão como certo que o PMDB decidirá por não repetir a aliança com a presidente Dilma Rousseff na convenção nacional do partido no dia 10 de junho. 


O "cansaço" do eleitor com os três governos do PT, a queda da presidente nas últimas pesquisas e um segundo turno cada vez mais próximo com o presidenciável Aécio Neves, do PSDB, são os argumentos de contestação utilizados por peemedebistas para defender a separação.

O vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Lúcio Vieira Lima (BA), disse neste domingo, 11, ao Poder Online que as últimas pesquisas reforçam a tendência do partido que defende o fim da aliança nacional com o PT nestas eleições. "Se a presidente Dilma continuar caindo, isso fortalece automaticamente a tese de quem é contra a aliança com o PT", disse Lima, que é aliado do principal adversário de Dilma dentro do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (RJ).

Não está entre as maiores aspirações do PMDB chegar à Presidência. Com Michel Temer como vice-presidente o partido já se deu por satisfeito. O PMDB sempre preferiu se fortalecer nos estados e manter sua hegemonia nas bancadas da Câmara e do Senado.

 Continuando a ser decisivo nas duas casas, o PMDB tem consciência que será governo, independente se quem estiver no Palácio do Planalto for o PT, o PSDB ou o PSB.

PT e PMDB estão em acordo apenas em colégios eleitorais com pouco peso na disputa, como Maranhão e Amapá, com os clãs Lobão e Sarney, e Alagoas, com Renan Calheiros. Nos estados com mais eleitores, como São Paulo, Minas, Paraná e Bahia o consenso está longe de se formar entre as duas siglas.

Três cartadas
Entretanto, pisca no túnel desse relacionamento conturbado uma pequena luz que indica que, se em alguns estados o PT sinalizar um recuo a abraçar os candidatos do PMDB, o casamento de Dilma e Temer estará salvo para ir à apreciação das urnas em outubro.

Os três estados que podem ser decisivos para a manutenção da aliança são o Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. Não será uma tarefa de articulação fácil. Primeiro porque no Rio, o PT teria que convencer o senador e pré-candidato Lindberg Farias, que está rodando todo o estado com sua edição da Caravana da Cidadania, a desistir de sua candidatura, para apoiar a reeleição do governador Luiz Fernando Pezão, numa continuação do governo Sérgio Cabral, que é criticado diuturnamente pelo senador petista. 

Por outro lado, o PMDB do Rio, que já declarou apoio à candidatura do senador Aécio Neves, deverá rever sua posição e fechar com Dilma, mesmo a contra gosta de Eduardo Cunha.

No Ceará o PT se vê forçado a abandonar os irmãos Ciro e Cid Gomes, que demonstraram lealdade ao governo Dilma, quando saíram do PSB assim que o partido decidiu lançar o pernambucano Eduardo Campos como presidenciável e rumaram para o Pros, justamente para continuar apoiando a presidente Dilma. Em detrimento dos irmãos Gomes, o PMDB quer o PT apoie a candidatura do senador Eunicio Oliveira.

Já em Goiás o PT aprovou por unanimidade o nome do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, como pré-candidato a governador. O grupo no PMDB ligado ao ex-governador Iris Rezende, insatisfeito com a escolha de Júnior Friboi como pré-candidato, pretende apoiar o Gomide na disputa. 

Com uma candidatura recebendo apoio dentro do próprio PMDB, será difícil para o PT reverter esse quadro e fazer a militância petista e os líderes apoiarem Friboi por conta dos interesses nacionais dos dois partidos.

Faltam exatamente 30 dias para o PMDB decidir se continua com o PT ou se libera seus filiados para apoiarem quem for mais conveniente em cada estado. Até lá as movimentações tanto no PT quanto no PMDB serão intensas, tanto pela manutenção do casamento quanto pelo divórcio. O resultado da apuração dos votos da convenção, no dia 10 de junho, pode dar rumos inesperados para as eleições de outubro.
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