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domingo, 27 de abril de 2014

O DILEMA DA CANDIDATURA DE TASSO JEREISSATI AO SENADO FEDERAL

Por ipuemfoco   Postado  domingo, abril 27, 2014   Sem Comentários

                            foto tasso
Minutos antes de o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) admitir que, “se for imprescindível”, topará discutir
candidatura ao Senado em 2014, um tom de sutil cobrança permeou o discurso de líderes presentes na reunião de cúpula da última terça-feira, em Brasília. 

“Muito cearense no meu estado comenta que o Ceará precisa do retorno do Tasso”, teria dito o presidente do PSDB do Acre, Sebastião Bocalom. Chamada semelhante fora feita pelo dirigente da sigla de São Paulo, Antônio Mendes Thame, conforme relatou o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE). Tasso ouviu – e, na medida do que lhe foi possível, não decepcionou a plateia. Teria ele se convencido?

Os mais chegados ainda dizem que Tasso foge das urnas como o diabo foge da cruz, sobretudo pela fase empresarial que vive – ele está expandindo os negócios para outros estados do País – e pela nuvem de incertezas que paira sobre suas chances de vitória.

“Há elementos subjetivos e racionais a serem avaliados. Acho bastante arriscado. A derrota de 2010 foi extremamente traumática, do ponto de vista político e pessoal, pelo rompimento com os Ferreira Gomes. Mas, talvez, esse ressentimento possa induzir um movimento de ‘dar o troco’, para, pelo menos, atrapalhar a disputa para o lado do governador Cid Gomes (Pros)”, avaliou a cientista política da Universidade Federal do Ceará (UFC) Rejane Vasconcelos, que publicou estudo sobre a campanha tucana de 2010.

Não há cálculo conclusivo sobre os riscos, mas fatores que pesam contra e a favor da empreitada. Por mais contraditória que a hipótese possa parecer, incidiria a favor de Tasso, por exemplo, a “quarentena” política dos últimos quatro anos, nos quais ele se manteve distante da política e livre, portanto, de desgastes.

“Na medida em que um político se afasta, ele passa a ser evocado muito mais pelas qualidades. Há uma evocação mais benevolente do público. Você tinha toda uma gritaria contra Getúlio Vargas, mas quando ele se suicida (1954) vai todo mundo para a rua. A imagem de Leonel Brizola hoje é muito diferente da imagem que se tinha quando ele voltou a disputar a política. O Tasso é a figura mítica do ‘velho’ que pode voltar”, analisou.

Na contramão, porém, ela destaca que o fenômeno do “situacionismo” político, que imprime força extra a partidos e lideranças que detêm a máquina pública, e a falta de estrutura partidária do PSDB no Ceará são elementos que freiam qualquer ímpeto de disposição de Tasso para o pleito. “Como persona, Tasso é forte, mas ele não tem mais a parte formal necessária”, avaliou.(O POVO)

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