Enquanto os brasileiros ainda calculam o percentual de redução na conta de luz, que foi anunciado, durante a semana passada, pela presidente Dilma Rousseff, a dependência da geração das usinas termelétricas continua.
Conforme relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), até a última quinta-feira (24), a falta de chuvas mantém o nível dos reservatórios das hidrelétricas da região Nordeste como o mais baixos do País, com apenas 30,79%.
Em seguida, estão os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, com 34,28% de armazenamento. As hidrelétricas da região Norte contam com um nível de 45,55%. Na região Sul, o armazenamento alcançou 47,57%.
O nível crítico dos reservatórios tem sido responsável por manter em atividade as usinas termelétricas. Atualmente, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cerca de 27% do potencial instalado no País é de usinas movidas a gás, carvão ou óleo. Além de serem mais poluentes, o preço do megawatt gerado nessas usinas é mais caro.
Levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostra que, a partir de contratos de geração firmados, por meio de leilões, entre 2005 e 2011, o valor médio por megawatt gerado em usina térmica movida a carvão chega R$ 169,06. Caso seja utilizado óleo diesel, o valor da geração pode chegar a R$ 184. Por outro lado, o custo com a geração das usinas hidrelétricas é de R$ 110,97.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o custo adicional com a operação das termelétricas deverá chegar a R$ 400 milhões por mês. Mais de 60 usinas termelétricas foram acionadas pelo governo para complementar a geração das hidrelétricas.
A previsão é que as usinas termelétricas continuem em atividade até que o nível dos reservatórios retorne ao patamar considerado normal.O POVO
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