Já é possível falar em 'ala militar' no governo Bolsonaro.
A presença militar é tanta que, segundo técnicos que conhecem a história da burocracia federal, não se trata de uma mera identificação com o ex-capitão exonerado do Exército por limitações: é a maior ocupação militar na administração pública desde a ditadura. Só na área que define a economia do país, já são quatro generais em ministérios e dois em estatais estratégicas - fora aqueles que se espalham em outras áreas como comunicação social, educação e inteligência.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "a indicação de um ex-comandante da Marinha, o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras nesta segunda-feira (14) consolida uma participação inédita de militares em áreas vitais da economia. Fazia 40 anos que um militar não ocupava esse cargo. O último foi o general de brigada Araken de Oliveira, que presidiu o conselho de 1974 a 1979."
E acrescenta: "na gestão de Jair Bolsonaro, os oficiais já estão em quatro dos cinco ministérios e em duas das cinco estatais com maior influência nos rumos da economia. Segundo técnicos que detêm a história da burocracia federal, já é a maior ocupação na administração pública federal por militares desde a ditadura. A militarização cumpre uma promessa de campanha do presidente e está alinhada com a percepção dos brasileiros. Hoje a imagem dos militares, de maneira geral, é boa. Pesquisa do Datafolha de 2018 mostra que 78% da população confia nas Forças Armadas, maior índice entre instituições."
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