O presidenciável Ciro Gomes (PDT) inaugurou sua campanha atacando de forma indireta o PT, os rivais Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL).
Em discurso na zona norte do Rio de Janeiro, o pedetista afirmou que seu partido e o PSB representam “a esquerda limpa”, “que não está em delegacia de polícia”.
“Esquerda limpa é o PDT e o PSB, que não têm ninguém enrolado”, disse ele após o discurso em rápida entrevista. Questionado sobre qual era a “esquerda suja”, afirmou: “É papel seu dizer”.
A fala é um ataque ao PT, cujo candidato à Presidência, Lula, está preso na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro. O nome do ex-presidente deve ser indeferido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em razão da Lei da Ficha Limpa e substituído pelo vica na chapa, o ex-ministro Fernando Haddad (PT).
Postura
A declaração é uma mudança na postura de Ciro, que vinha dizendo considerar injusta a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro. O PT tem outras lideranças que já foram presas, como José Dirceu, José Genoino, e o tesoureiro João Vaccari Neto.
A declaração de Ciro foi dada ao celebrar a aliança entre PDT e PSB no Rio de Janeiro em torno da candidatura do deputado Pedro Fernandes ao governo estadual. No plano federal, o PSB não se aliou a Ciro após forte pressão do PT.
“Estou aqui ao lado do dr. Julianeli [candidato a vice do PSB] que aceitou o desafio de unir a esquerda que está limpa no Brasil. A esquerda que não está em delegacia de polícia, que é a reunião do PSB e o PDT”, disse.
Críticas
No discurso para uma plateia majoritariamente feminina, Ciro também fez críticas indiretas a Bolsonaro. “Há o Brasil revoltado. Eu estou desse lado. A revolta, cabeça quente, não são boas conselheiras. Não basta falar mal, esculhambar. Não faltam razões.
Mas vamos evitar transformar o nosso protesto numa escolha que precipite o Brasil em inexperiência, aventura, extremismo e radicalismo. Porque ainda que faça bem ao nosso fígado, o Brasil não aguenta mais essa cultura de ódio”, disse Ciro.
E ainda
Alckmin também foi alvo do pedetista ao ser associado ao impopular presidente Michel Temer. Em entrevista antes do discurso, ele afirmou que o tucano é “o candidato do governo”.
“Eu vou desfazer toda essa agenda antipovo, antipobre e anti Brasil que o sr. Michel Temer, junto com o PSDB do Alckmin, fizeram. O povo brasileiro agora tem o testemunho do presidente da República”, declarou o pedetista.Com informações da Folha/POLITICACOMK
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