Em crítcias à intervenção federal do Rio, pré-candidato chamou medida de 'politiqueira'.
O ex-ministro e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) criticou nesta terça-feira a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro proposta pelo presidente Michel Temer e aprovada pelo Câmara dos Deputados.
Para Ciro, a medida é "politiqueira", "má intencionada" e “de motivações miúdas”. Por outro lado, segundo ele, a ação corresponde com um pedido de uma parcela da sociedade brasileira.
— Botar exército para enfrentar bandido é um equívoco grosseiro — afirmou o pré-candidato durante evento organizado pelo jornal "Folha de S.Paulo".
Questionado sobre a situação do seu estado, o Ceará, que também enfrenta uma onda de violência, Ciro disse que lá não há necessidade de intervenção porque o Ceará “tem governo” e que apesar dos índices de homicídios terem crescido, o governador, Camilo Santana (PT), “toma conta”.
Brigas entre facções criminosas têm deixado um rastro de mortes no estado, comandado por Ciro entre 1991 e 1994. Só na capital, Fortaleza, o número de mortes violentas entre janeiro e outubro de 2017 foi quase o dobro do mesmo período de 2016.
Ainda sobre a situação da segurança pública no país, Ciro disse que o governo paulista negociou com facções criminosas e afirmou que em São Paulo “se fraudam indicadores de homicídios” pois não é utilizada “a metodologia do Ministério da Justiça”. São Paulo tem, segundo dados divulgados mensalmente pela Secretaria de Segurança Pública, a mais baixa taxa de homicídios no Brasil.
— Tudo indica que [o PCC] fez acordos com autoridades locais há mais de uma década — criticou.OGLOBO
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