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sexta-feira, 23 de maio de 2014

TENSÃO EM FORTALEZA; CONFRONTOS E DETENÇÕES

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, maio 23, 2014   Sem Comentários

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Duas manifestações terminaram em confronto com a Polícia ontem. Por volta das 15h, cerca de 500 manifestantes se reuniram na praça ao lado do Instituto Federal de Educação e Tecnologia (IFCE), no bairro Benfica, para reivindicar o passe livre e o desbloqueio de carteirinhas de estudantes que ainda não estariam funcionando, conforme informaram os manifestantes. 

Já os trabalhadores da construção civil fizeram uma caminhada da Praça Portugal até o Terminal do Papicu pedindo reajuste de 15%, plano de saúde e melhorias nas condições de trabalho.


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O protesto no Benfica terminou com 26 detidos, um cinegrafista ferido e um carro de reportagem depredado. O grupo saiu da praça gritando palavras de ordem como "Não Vai ter Copa" e "Queremos Passe Livre". 

Um dos manifestantes, que preferiu não se identificar, informou que o ato é realizado por estudantes e não possui um organizador, mas que o movimento se reúne com o objetivo de exigir o passe livre no transporte público.

O grupo foi em direção à Avenida 13 de Maio, onde bloquearam a via, ateando fogo em sacos de lixo. Em seguida, o grupo seguiu pela Avenida da Universidade e alguns jovens infiltrados tentaram roubar, com pedras, algumas pessoas que estavam em uma parada de ônibus.

Os manifestantes que estavam em um carro de som pediam para que não roubassem as pessoas e que não houvesse depredação, mas por onde o grupo passava, deixava um rastro de destruição. Os comerciantes da Avenida da Universidade fecharam as lojas por volta das 17h com medo das ações.

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O grupo seguiu em direção à Avenida Domingos Olímpio e tentou invadir a Associação de Cabos e Soldados Militares do Estado (ASMCE), jogando pedras contra a instituição. Os policiais saíram do local e atiraram para cima com o intuito de dispersar os manifestantes.

Agressão

O cinegrafista de uma empresa televisiva foi atacado por manifestantes. Ele foi apedrejado e saiu com ferimentos na panturrilha e no pé. O carro da reportagem também foi apedrejado. Manifestantes pularam em cima do veículo, que ficou destruído. 

De acordo com testemunhas, parte da equipe de reportagem estava dentro da associação gravando uma matéria que não era referente à manifestação, quando o grupo chegou e atacou o veículo. O funcionário tentou gravar as cenas de violência, mas foi agredido. 

Ele recebeu os primeiros socorros ainda na entidade. Dois automóveis particulares que estavam no estacionamento da associação também foram danificados pelas pedras.

Segundo informações do capitão Vasconcelos, do Batalhão de Choque (BPChoque), o grupo fugiu em direção ao shopping Benfica e tentou invadir o centro comercial. Ainda de acordo com o oficial, 17 adolescentes foram apreendidos e nove adultos presos. Todos foram encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).
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A Polícia recebeu informações de que os manifestantes pretendiam realizar um ato em frente o Paço Municipal. A Guarda Municipal interditou a Rua José Rufino de Alencar e Rua Sobral. O bloqueio causou um grande congestionamento na área e a Guarda Municipal orientou o trânsito, pois a Autarquia Municipal de Trânsito e Serviços Públicos (AMC) estaria destinada atuar no Papicu, onde ocorria o protesto da construção civil.

Terminal

O confronto entre a Polícia e os trabalhadores teve início quando os operários chegavam ao Terminal do Papicu, seguido de perto pelo Batalhão de Choque. Na tentativa de evitar a situação, representantes do sindicato em cima do carro de som pediam, em vão, cautela ao grupo.

Após as bombas de efeito moral, houve correria de manifestantes e usuários do terminal. Uma senhora que transitava pelo local e um homem passaram mal em virtude do efeito do gás, sendo socorridos por populares. Na fuga, os operários se dispersaram por cima do viaduto da Santos Dumont e pela Via Expressa.

A passeata saiu da Praça Portugal, no início da noite, após realização de assembleia da categoria. Os trabalhadores seguiram em uma das faixas da Avenida Desembargador Moreira e em seguida tomaram a Avenida Santos Dumont. Em pleno horário de pico, o trânsito foi o principal prejudicado com o ato, ficando bastante congestionado.

A caminhada seguiu, ainda, pelas Ruas Frei Mansueto, Alfredo Ladislau, 8 de setembro e Via Expressa, até chegar ao local do confronto. Com faixas, cartazes e apitos, a categoria reivindicava reajuste salarial de 15%, plano de saúde e melhorias nas condições de trabalho.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), José Wilson do Nascimento, está em pauta, ainda, aumento da cesta básica, auxílio combustível, auxílio creche e o percentual de 5% de mulheres nos canteiros de obras.

Categoria vota por estado de greve

Em assembleia geral realizada, na tarde de ontem, na Praça Portugal, centenas de operários da construção civil votaram a favor do estado de greve da categoria, a paralisação dos trabalhos por duas horas diárias a partir de hoje e a manutenção das propostas de reivindicações. Os canteiros de obras foram paralisados, ontem, a partir das 15h e os operários seguiram de carros, ônibus, motos ou a pé até a praça.

A concentração ganhou movimento por volta das 16h, quando um trecho da rotatória com acesso a Avenida Desembargador Moreira foi fechada. Um estande de uma construtora na esquina da avenida foi atacado por parte do grupo, que quebrou a vidraça e derrubou os tapumes. 

O canteiro de obras do Shopping Rio Mar também foi atacado, mas o coordenador Geral do STICCRMF, Nestor Bezerra, diz não ser orientação do sindicato esse tipo de ato.

Em nota, o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) informou que repudia as manifestações violentas promovidas ontem pelos trabalhadores. Ainda segundo o sindicato patronal, as paralisações ocorrem de forma ilegal, uma vez que a greve não foi decretada oficialmente.Redação Web do Diário do Nordeste

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