A presidente Dilma Rousseff (PT) marcou presença em Fortaleza (CE) para entrega de 172 máquinas que devem beneficiar 141 municípios do Estado.
Apesar da entrega dos equipamentos no Ceará, a petista ainda precisa lidar com a insatisfação dos gestores municipais cearenses, que planejam realizar uma marcha no próximo dia 25 para reivindicar uma maior fatia da arrecadação federal.
Além disso, Dilma também precisa administrar a tensão entre o PMDB e o PROS no Estado, além de afagar o governador do Ceará, Cid Gomes, que migrou do PSB para o PROS para continuar na base administrativa da petista. Nesta linha, Cid e o irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, devem ser agraciados com uma série de cargos em função do apoio ao projeto de reeleição da petista.
De acordo com os prefeitos cearenses, a diminuição do dinheiro repassado pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) dificultou a gestão das cidades, gerando descontentamento entre os gestores.
A queda nos repasses repasse se deu por causa da diminuição do Imposto sobre o Produto Industrializado (IPI), principal fonte de verba para o FPM. Em 2013, uma manifestação parecida acabou com vaias para a presidente.
Além da situação com os prefeitos, a presidente ainda precisou lidar, durante a entrega dos equipamentos, com a rixa entre PROS e o PMDB. Os dois partidos, aliados do Governo Federal em âmbito nacional, pretendem concorrer ao Governo do Ceará como cabeças de chapa.
Para não ofender nenhum partido, a presidente dividiu as glórias tanto com provável candidato do PMDB ao Palácio da Abolição, senador Eunício Oliveira, quanto com Cid, que recebeu elogios da presidente.
Dilma classificou o governador como “um grande parceiro, um grande amigo”, e relembrou as parcerias entre o Governo Federal e Estadual. Em retórica, o governador afirmou que as conquistas do Ceará são fruto da harmonia entre as administrações. Já sobre Oliveira, Dilma classificou o parlamentar como “um grande parceiro”, líder do governo no Senado.
Além de se encontrarem em âmbitos opostos na discussão estadual, PROS e PMDB também não concordam acerca da crise dentro da base aliada de Dilma. Antes pertencente ao “blocão independente” liderado pelo líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), o PROS mudou de lado, aumentando o isolamento de Cunha.
Para isso, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, garantiu para a legenda o comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
Nesta quarta-feira (19), Mercadante deve se encontrar com integrantes do PROS para oficializar a presença da legenda no Ministério da Integração, a partir do ministro Francisco Teixeira. A sigla deverá ocupar, ainda, cargos antes ocupados pelo PSB, como o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf).
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