O grande combustível do poder é a expectativa de chegar a ele ou de mantê-lo, talvez até mais que ter o governo e as decisões nas mãos no momento. É o que se projeta para o futuro que abastece o presente, determina quantos e quais aliados se tem e como se dá a relação com eles. O próprio Cid é o mais bem acabado exemplo disso. Em 2006, movido pela expectativa de ser eleito, ele esvaziou o poder instituído, simbolizado por Lúcio Alcântara.
Assim, a expectativa de fim antecipado do governo Cid já começa a esvaziar sua administração. As especulações sobre renúncia de governantes em fim de mandato, para buscarem outro cargo, são rotineiras.
Cogitou-se que Gonzaga Mota, Tasso Jereissati (no primeiro mandato) e Lúcio Alcântara renunciariam para disputar o Senado, sem falar de Virgílio Távora e do próprio Tasso, em sua última administração, que efetivamente o fizeram. Ciro Gomes também renunciou, mas para virar ministro de Itamar Franco.
Com Cid Gomes, também era natural que se discutisse tal possibilidade, embora ele tenha, até o mês passado, negado a hipótese com ênfase que nenhum dos antecessores tivera. Nas últimas semanas, as especulações ganharam impulso.
Com Cid Gomes, também era natural que se discutisse tal possibilidade, embora ele tenha, até o mês passado, negado a hipótese com ênfase que nenhum dos antecessores tivera. Nas últimas semanas, as especulações ganharam impulso.
E saíram dos bastidores quando Dilma Rousseff tratou o governador, duas vezes, por senador. Quando o próprio Cid admitiu que discutirá a saída precoce do governo, de certa forma, iniciou o fim de seu governo. Mesmo que lá na frente (tem menos de duas semanas) ele decida permanecer, o tema nas rodas é não só quem será o candidato, mas quem serão os próximos governadores – no mês que vem e no ano que vem.
Daqui a pouco, começa aquela fase em que governantes em fim de mandato contam que até o cafezinho começa a chegar gelado.
Se a intenção era evitar que a eleição atrapalhasse o fim de seu governo, Cid não poderia ter feito pior para sua administração. Embora possa ter feito o melhor para o futuro político de seu grupo.
Daqui a pouco, começa aquela fase em que governantes em fim de mandato contam que até o cafezinho começa a chegar gelado.
Se a intenção era evitar que a eleição atrapalhasse o fim de seu governo, Cid não poderia ter feito pior para sua administração. Embora possa ter feito o melhor para o futuro político de seu grupo.
CID, LÚCIO E A HISTÓRIA
Na coluna do último dia 20, elogiei o governador Cid Gomes por ele ter feito o registro de que Tasso Jereissati foi o iniciador do Canal da Integração, durante a inauguração de novo trecho ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT). A esse respeito, escreveu o ex-governador Lúcio Alcântara.
Na coluna do último dia 20, elogiei o governador Cid Gomes por ele ter feito o registro de que Tasso Jereissati foi o iniciador do Canal da Integração, durante a inauguração de novo trecho ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT). A esse respeito, escreveu o ex-governador Lúcio Alcântara.
“Há muitos exemplos de como se apropriou de obras e projetos, inclusive mudando nomes, para não dar crédito a antecessores e apagá-los da memória do povo. Dispenso-me de cita-los por serem muitos e a prática ostensiva”. Sobre o canal inaugurado, informa: “a construção do trecho I ocorreu no meu governo, tendo ainda deixado em andamento as obras dos trechos II e III com cerca de 2/3 concluídos. O autoritário faz grosserias mas não pode revogar a história”.ÉRICO FIRMO/OPOVO
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