CIRO GOMES:A PEC 37 SÓ INTERRESSA AO LADO''PODRE DA POLÍTICA BRASILEIRA.''

                               
O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) manifestou-se, ontem, contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que está tramitando em Brasília e cassa os poderes de investigação do Ministério Público e de outras instituições.

Para ele, qualquer restrição ao poder de investigar vai na contramão do interesse público e da moralidade. “A PEC 37 é um ato de violência contra a sociedade. Tudo o que o Brasil pede é um mínimo de decência e de combate à corrupção”, afirma.

Ciro Gomes acredita que a aprovação da PEC 37 interessa apenas ao lado “podre” da política brasileira. “É uma tentativa de vingança do pior lado contra o melhor lado”, disse. E explica que, caso seja aprovada, além de juntar o Brasil a apenas três países (Uganda, Indonésia e Quênia) no mundo onde o MP não investiga, a sociedade vai experimentar a repulsa pela sua própria representação, ferindo a democracia.

O momento atual da história parlamentar brasileira é considerada crítica por ele. “Por isso, é preciso criar uma onda de opinião pública que iniba a deliberação da PEC 37”, opina. Com isso, Ciro alerta à população para que se aprofunde nas questões políticas, indo às ruas, escrevendo para seus representantes e ameaçando não votar novamente no parlamentar que seja a favor da PEC 37.

“A população tem que entender que fora da política não há solução para nada”, diz. O ex-ministro ressaltou ainda o MP como uma das excelentes providências da Constituição de 1988. “Aqui, no Ceará, estamos experimentando grandes avanços com o Ministério Público”, destacou.

Adesivaço

O Ministério Público do Estado do Ceará, através do procurador-geral de Justiça, Ricardo Machado, em parceria com a direção da Associação Cearense do Ministério Público, continua a sua agenda de atividades públicas contra a PEC 37. Neste domingo, 21, um novo adesivaço de protesto está marcado no encontro das avenidas Santos Dumont e Zezé Diogo, próximo à Praça 31 de Março, na Praia do Futuro.FONTE;JORNAL ESTADO