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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

UMA ASSASSINA NA MEDICINA

Por .   Postado  quinta-feira, fevereiro 21, 2013   Sem Comentários


“Quero desentulhar a UTI que está me dando coceira”. A frase teria sido dita pela médica, mas a origem da gravação não foi informada pela polícia.
“Infelizmente é nossa missão intermediá-los do trampolim do além”.

Trechos de gravações do depoimento prestado pela médica Virgínia Soares Souza, indiciada por homicídio qualificado contra pacientes da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, foram obtidos com exclusividade pela RPC TV, nesta quarta-feira (20). Nas transcrições, ela afirma que foi mal interpretada por falas como “Quero desentulhar a UTI que está me dando coceira”. A frase teria sido dita pela médica, mas a origem da gravação não foi informada pela polícia.
Virgínia dirigia o setor de UTI do Evangélico, onde trabalhava desde 1988. Ela está presa desde terça-feira (19) após investigações que duraram um ano e partiram de denúncias de funcionários. 
O conteúdo completo foi mantido em sigilo “por questão de ordem”, segundo a delegada Paula Brisola, do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) de Curitiba.
No depoimento, a médica nega que a frase captada tenha relação com matar pacientes para abrir mais vagas para pacientes conveniados na UTI. 
A prática foi denunciada por um ex-colega de trabalho, que preferiu não ser identificado. Segundo ele, Virgínia privilegiava atendimentos a pacientes particular Virgínia ainda disse não se lembrar de ter proferido outra frase que consta no inquérito investigativo. Infelizmente é nossa missão intermediá-los do trampolim do além”, disse ela a familiares de um paciente, segundo a polícia. De acordo com o advogado da médica, Elias Mattar Assad, a cliente foi vítima de má-interpretação dos colegas de trabalho, que não entendem o jargão da medicina intensiva.
“Foram interpretações equivocadas que deram. Por exemplo, quando o médico fala em reduzir os parâmetros do respirador, não quer dizer que vai matar o paciente. 
Significa que para cada paciente tem um nível que precisa ser modulado. Há uma série de equívocos”, apontou o advogado em entrevista ao G1.
O técnico em enfermagem Sílvio Almeida, que trabalhou no Evangélico, diz que o respirador era utilizado pela médica para abreviar a vida de pacientes. 
“A mínima quantidade de oxigênio que o respirador podia mandar, ela deixava - é sempre 21%. Eu já vi ela várias vezes desligando o respirador”, contou o ex-funcionário.
G1 conversou com outro ex-funcionário, que trabalhou no Evangélico entre 2004 e 2006 e disse que ele e os colegas nunca denunciaram o caso por temor de represálias.
 “Muitas das pessoas que sabiam não se sentiam à vontade de gerar uma denúncia. A Virgínia é uma pessoa de muita força, muita influência, e seria difícil para comprovar”, disse o enfermeiro que preferiu não ser identificado.
Segundo ele, houve casos em que a médica chegou a ligar para outros médicos, do turno da noite, para que os aparelhos de determinados pacientes fossem desligados. A afirmação é corroborada pelo técnico Sílvio Almeida.
 “São dois médicos e uma médica, só que esses eu não vou citar o nome, que fazem a mesma coisa, que têm a mesma conduta que ela”, disse. A polícia investiga a possibilidade de outros médicos terem participado dos casos.
Em nota, a direção do Evangélico disse que o caso é pontual e ocorreu em uma das quatro UTIs do hospital, na qual toda a equipe foi substituída. 
Reiterou também que os mais de 300 médicos do Evangélico não devem ser julgados pela atitude de uma funcionária, e que o atendimento em todos os setores do hospital seguem sendo feitos normalmente ou de convênio, em detrimento de internados pelo SUS.


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