Já condenado pelo STF a mais de 40 anos de prisão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter “despesas pessoais” pagas pelo esquema do mensalão em 2003. A informação, publicada nesta terça-feira pelo jornal “Estado de S. Paulo”, faz parte do depoimento prestado por Valério ao Ministério Público após a condenação pelo Supremo.
De acordo com o jornal, Valério disse ainda aos procuradores que o ex-presidente foi informado, em reunião no Palácio do Planalto, das operações financeiras para pagar propina a deputados da base governista e deu “ok”. No depoimento, o operador do mensalão afirmou ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, hoje diretor do instituto de Lula.
Sobre os repasses ao ex-presidente, Valério afirmou que foram feitos dois pagamentos, mas só detalhou um deles, no valor de R$ 98.500, em janeiro de 2003, quando Lula já havia assumido a presidência. O pagamento foi feito à empresa de segurança Caso, do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, classificado pelo jornal como “faz-tudo de Lula”. Valério disse que o ex-presidente era o destinatário do dinheiro, que seria usado para “despesas pessoais”, mas também não especificou que gastos seriam esses.
O depoimento obtido pelo “Estado de S. Paulo” foi prestado em Brasília, no dia 24 de setembro, após o Supremo ter condenado Valério a 40 anos, um mês e seis dias de prisão, além de multa de R$ 2.783.800. Ele procurou espontaneamente o Ministério Público na tentativa.
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