A secretária estadual das Mulheres, deputada Lia Gomes (PSB), comentou sobre a possibilidade de o irmão, o ex-
ministro Ciro Gomes (PDT), disputar o Governo do Ceará. Para ela, eventual candidatura de Ciro ao Palácio da Abolição teria impacto negativo no campo pessoal.“Nós estamos em lados opostos politicamente, então, assim, de uma maneira familiar, eu acho que seria muito ruim”, afirmou ao O POVO no sábado, 19, durante a 5ª Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, em Fortaleza.
A declaração ecoa o que foi antecipado por outro irmão da parlamentar, o senador Cid Gomes (PSB), que classificou como “maior constrangimento” da vida dele se Ciro entrar na disputa ao Palácio da Abolição.
“Eu ficarei numa situação absolutamente constrangedora. Absolutamente constrangedora. Será, talvez, o maior constrangimento da minha vida, e eu já tive que passar por um constrangimento por conta de visões diferentes”, disse Cid, em maio, em entrevista à rádio Voz FM, de Sobral.
Questionada sobre o tema, Lia disse que se baseia na palavra do ex-presidenciável. “Eu ainda estou acreditando no que o Ciro disse, que não vai ser candidato”, ponderou.
Na oportunidade, a secretária também minimizou a aproximação de Ciro com siglas como PL e União Brasil, que fazem oposição ao governo Elmano de Freitas (PT), do qual Lia faz parte. O cenário, segundo ela, reflete o que classifica como “salada ideológica” da política brasileira.
“Eu vejo, assim, uma coisa natural. O PT tem aliança com a União Brasil [em nível nacional]. São coisas da política”, considera.
Nesse ponto, a avaliação de Lia vai na contramão da análise de Cid. O senador já criticou publicamente as alianças de Ciro no Estado.
“Eu tenho uma absoluta afinidade com ele na questão nacional, mas na questão estadual eu discordo profundamente do rumo que tem tomado, essa coisa de se aliar ao que há de mais atrasado na política do Ceará”, disse.
Entenda
Ciro vem se aproximando de bolsonaristas no Ceará. Em maio, ele disse esperar votar em Alcides Fernandes (PL), pai de André Fernandes (PL), lançado pré-candidato ao Senado pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na época, em conversa reservada com os parlamentares da oposição a Elmano, o ex-governador disse que estaria à disposição para concorrer novamente ao Palácio da Abolição
Em fevereiro, Fernandes defendeu que o PL tivesse candidato próprio ao Governo do Estado e dois nomes para o Senado. Paralelo a isso, lideranças da oposição como Capitão Wagner, presidente do União Brasil Ceará; Roberto Cláudio e Ciro começaram a fazer movimentos para aglutinar o bloco.
Na última sexta-feira, 18, no entanto, André informou ao O POVO que o PL terá candidatura própria na disputa pela sucessão de Elmano. Embora defenda unidade entre a oposição, ele descartou eventuais apoios a outros nomes cogitados para concorrer pelo grupo opositor.
“Me esforçarei para unir a oposição no Ceará e fazer uma grande aliança, mas o cenário político atual impõe, como condição essencial, que o candidato ao Governo seja do nosso partido, que represente os nossos valores e que não seja mais do mesmo”, disse André. O POVO
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