Aliado ao PDT há cerca de dez anos, o ex-presidenciável Ciro Gomes mantém conversas com o PSDB, que tem interesse no seu regresso.
Em 1990, ainda nas fileiras do partido, ele foi eleito governador do Ceará com o apoio de Tasso Jereissati, antecessor no cargo e até hoje o principal cacique tucano no estado.
É com Tasso, inclusive, que está a missão de atrair Ciro, que desde a saída da sigla, em 1997, acumula críticas à antiga casa. O político de 67 anos, quatro vezes candidato à Presidência da República, é cotado como possível candidato ao governo do estado no ano que vem.
Presidente nacional do PSDB, que agora estuda novos rumos depois de a ideia de federação com o Podemos ruir, Marconi Perillo afirma que deu aval a Tasso para intensificar as conversas.
— Já autorizei o Tasso a prosseguir nas conversas com ele. Ele será bem-vindo ao partido — diz. As informações são do Jornal O Globo.
O próprio Ciro é considerado um possível candidato ao governo, mas há outros nomes de seu grupo político ventilados. Um deles é o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, que deixou o PDT este ano e migrou para o União Brasil.
Fernandes reforçou o desejo de unificar a oposição contra o PT no ano que vem. Outro que era adversário de Ciro e passou a ecoar o discurso, também com elogios ao ainda pedetista e possível tucano, foi Capitão Wagner (União), derrotado na eleição estadual de 2022 e na municipal do ano passado.
O racha entre PT e PDT no estado se deu em 2022, quando Ciro decidiu lançar Roberto Cláudio. Os petistas estavam dispostos a apoiar a governadora Izolda Cela, à época filiada ao PDT, mas o presidenciável queria colocar alguém mais ligado a si — Izolda estava na cadeira após a desincompatibilização do atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que concorreria ao Senado. O PT, então, recusou-se a apoiar Cláudio e lançou Elmano, que venceu no primeiro turno.
Assim que deixou o PSDB, em 1997, Ciro passou a atacar a antiga legenda. Disse, ao anunciar a candidatura presidencial na eleição do ano seguinte — concorreria pelo antigo PPS e ficaria em terceiro lugar —, que se recusava a conversar com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
O próprio Tasso, de quem se reaproximou nos últimos anos, foi alvo. Em 2016, ao analisar o cenário para 2018, classificou um grupo da política cearense, incluindo Tasso, como “indústria de picaretas”.
Já em 2017, outro cacique tucano entrou na mira: o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, classificado por Ciro como “cadáver político”. O mineiro é, ainda hoje, um dos principais quadros tucanos, com ativa atuação nas negociações partidárias.
— Morreu. O que se faz com o cadáver é enterrar — disse Ciro em um evento no Rio, antes de emendar outras críticas aos tucanos. — O PSDB vai fazer campanha situacionista (do governo Michel Temer), segurar a alça do caixão de um governo que tem 3% de aprovação. Vai deixar para véspera da eleição para sair e ficar com justo estigma de oportunista.
Entre o PSDB e o PDT, Ciro passou ainda por PPS, PSB e PROS. Concorreu a presidente quatro vezes, todas depois de deixar de ser tucano. Foram duas pelo partido trabalhista e duas pelo PPS, sigla que virou o atual Cidadania.
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