Dando seguimento aos encontros semanais e ao discurso de unidade, parlamentares estaduais do PL, do PDT e do União
Brasil receberam o ex-deputado Capitão Wagner (União) e o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) nesta sexta-feira (23).Após declarações do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e do deputado federal André Fernandes (PL) sobre o cenário para 2026, o pedetista defendeu uma "chapa única" ao Governo do Estado pela oposição, mas não cravou nomes.
Questionado sobre como recebeu o apoio de Ciro à sua possível campanha a governador e a especulação de que o colega poderia ser, na verdade, o candidato ao cargo, Roberto Cláudio defendeu unidade para combater a "decadência moral e política" do núcleo petista no Ceará. Para ele, nunca houve uma "oposição tão forte, tão ampla, distinta de partidos" no Estado.
"No próximo ano, a gente precisa apresentar uma chapa única ao Governo do Estado, alternativa, que mais do que nomes de homens e mulheres fortes, tem que também apresentar um projeto de esperança, de mudança de rumos para o Estado do Ceará. Tem muita coisa no meio, muita conversa no meio, mas é isso que interessa. [...] É o que a gente defende antes de qualquer nome", afirmou Roberto, ressaltando diferentes "missões e perfis" no bloco.
Mesmo afastando definições sobre nomes e cargos neste primeiro momento para as eleições gerais, o ex-prefeito pontuou consenso em torno do nome do deputado Alcides Fernandes (PL) ao Senado. Segundo ele, há uma definição "internamente validada e muito bem aceita pelos demais companheiros da oposição" nesse sentido.
"Um dos partidos fundamentais nessa composição é o PL. Eu falei da construção de uma aliança, mas o PL já sinalizou que tem interesse objetivo em uma das vagas dessa composição, que é a do Senado. Inclusive, indicou o deputado pastor Alcides, que tem tido uma participação muito ativa na oposição e um alinhamento também muito forte com os estaduais, todos da oposição. É um nome que tem despertado entusiasmo e animação dentro da base da oposição e com quem eu tenho uma relação muito boa também", disse.
Líder do grupo de oposição existente, hoje, no PDT, Roberto Cláudio pode estar de malas prontas para outra legenda. Tanto ele quanto Capitão Wagner já confirmaram o convite feito pelo União Brasil para a sua filiação, em meio a uma nova crise na sigla brizolista. Apesar da afinidade com a legenda, o ex-prefeito indica que definições como essa devem ficar para depois.
A União Progressista e a oposição
Outro dilema relacionado à oposição cearense é como a federação entre PP e União Brasil, chamada de União Progressista, se comportará nas eleições de 2026, tendo em vista que as legendas ocupam grupos diferentes no Estado. A nível nacional, a tendência é ambos caminhem juntos na oposição. A nível local, Capitão Wagner, presidente do União no Ceará, garante que a recomendação seguir no mesmo sentido.
"O que a gente tem escutado tanto do (Antônio) Rueda como do Ciro Nogueira é que a federação vai estar na oposição no projeto nacional contra o PT, e nos estados também isso vai acontecer. Se vai haver alguma liberação por parte do PP em relação aos seus membros, eu não posso falar pelo PP. Posso falar pelo União Brasil, e futuramente falarei pela federação", afirmou.
Antônio Rueda é presidente nacional do União e Ciro Nogueira, senador pelo Piauí, comanda o PP nacional. Juntos, até 2026, vão liderar o maior bloco partidário do Congresso Nacional e o maior número de prefeituras do Brasil.
"Então não é momento de a gente estar criando qualquer rusga, na hora que formalizar (a federação), a gente vai conversar com os membros do PP. Aqueles que quiserem estar conosco no projeto vão ter que se adequar, aqueles que não quiserem, terão liberdade para tomar a decisão que quiserem, entendendo que existe um ônus. Se a decisão é permanecer, eles vão ter que seguir o que a federação determina", complementou Wagner.
Encontro da oposição
Além das eleições do próximo ano, o encontro da oposição teve como assunto os impactos da atual carga tributária estadual, com ênfase no aumento, em 2023, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Abolição. A alíquota subiu de 18% para 20% sob críticas da oposição, que promete judicializar a situação em breve, conforme o deputado Sargente Reginauro (União).
Em âmbito técnico, quem auxiliou a discussão na ocasião foi José Ribeiro Neto, ex-auditor da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz).
Participaram das conversas nesta sexta-feira Reginauro, Alcides, Wagner e Roberto, e os deputados Dra. Silvana (PL), Cláudio Pinho (PDT), Queiroz Filho (PDT), Antonio Henrique (PDT) e Felipe Mota (União Brasil). PONTO DO PODER
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