Parece não haver dúvida de que o governador Camilo Santana será candidato ao Senado na eleição de 2022.
Mas várias perguntas surgem, a primeira das quais é esta: sua candidatura integrará uma aliança com o PDT dos irmãos Ferreira Gomes ou será sustentada por outra, liderada pelo MDB do ex-senador Eunício Oliveira?
Outra questão que se levanta é a seguinte: quem será seu suplente no Senado?
Todas as apostas, neste momento tão distante do pleito de outubro do próximo ano, indicam, como companheiro de chapa de Camilo Santana, o nome do industrial Beto Studart, ex-presidente da Fiec, que está em permanente atividade política, recebendo prefeitos e deputados para tratar de eleição.
A possibilidade de o PT reconquistar a Presidência da República, como estão a indicar as pesquisas, confere ao governador Camilo Santana uma força tamanha que o catapulta à liderança do processo eleitoral cearense.
Esta coluna ouviu que, nos corredores do Palácio da Abolição, se admite, por uma necessidade pragmática, que será possível manter a aliança do PT com o PDT no nível estadual, com o que estaria definida a chapa majoritária: Roberto Cláudio para governador do Estado, alguém do PT para vice, Camilo Santana para o Senado, com Beto Studart na suplência, e Eunício Oliveira para a Câmara dos Deputados.
E para presidente da República? – eis outra pergunta.
Resposta: todos seriam, de novo, pragmáticos, ou seja: na corrida presidencial, cada qual ocuparia o seu quadrado: o PDT com Ciro Gomes, o PT e o MDB com Lula.
E para onde iria a terceira via de Domingos Filho e seu grupo? – é outra indagação.
Resposta: Pelo mesmo princípio do pragmatismo, tenderiam a compor com as forças dominantes, consolidando seu poder em Tauá e ampliando-o em outras áreas do estado.
Essa terceira via poderá até eleger os Domingos – o filho para a Assembleia Legislativa e o neto novamente para a Câmara dos Deputados.
Pelo que se vê e pelo que vai acontecendo, não haverá espaço para a oposição no Ceará, a não ser que a popularidade do presidente Bolsonaro retorne aos índices de setembro de 2018, o que parece difícil tendo em vista a campanha cerrada contra ele e seu governo em todos os veículos da grande mídia, que reverberam o que fazem e o que dizem os oposicionistas da CPI da Covid.
Se acontecer esta hipótese, o candidato da oposição ao governo do Ceará será o capitão Wagner ou o senador Eduardo Girão. Porém, se for mantido o cenário de hoje, talvez as forças que fazem oposição a Camilo Santana nem tenham candidato.
Repita-se: esta é a cena deste momento. Mas a política, como nuvem, muda de acordo com a velocidade do vento.DN
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