''NÃO TENHO PRESSA'',DIZ CAMILO SOBRE ARTICULAÇÕES ELEITORAIS

Enquanto a oposição articula encontros com lideranças políticas e busca arregimentar novos filiados, de olho na próxima disputa municipal, o governador Camilo Santana diz que “não tem pressa” e que só entrará nas articulações eleitorais meses antes da disputa.

“A eleição é só no próximo ano e a nossa energia agora tem que estar toda voltada para garantir e resolver os problemas do povo do Ceará e do povo de Fortaleza. A eleição nós vamos tratar no próximo ano”, desconversou.

Questionado sobre o período do próximo ano em que as articulações serão iniciadas, Camilo afastou expectativas. “Não tenho pressa.Os prefeitos têm mandato até o final do ano que vem, portanto vamos ter o tempo certo para discutir a política. O momento agora é trabalhar muito pelo povo de Fortaleza”, enfatizou o Chefe do Executivo, que embora não participe da disputa nas urnas, tem papel de protagonista como cabo eleitoral em diferentes municípios.

PT

Sobre a reconstrução da imagem do PT em um discurso que volte a se aproximar da sociedade e convença a população de suas propostas, o governador pontuou que a política partidária deve ficar para o próximo ano e, até lá, deve ser sobreposta ao trabalho administrativo. 

“Repito: a nossa energia tem sido voltada para administrar o Estado. É um momento difícil da economia brasileira. Há, então, um esforço muito grande do governador de manter o Estado equilibrado, de fazer os investimentos que possibilitem fazer ações como esta de garantir praticamente 170 novos médicos para atendimento à população, indo na contramão da crise brasileira para garantir uma coisa que é essencial à população que é saúde”.

As declarações foram feitas, na manhã de segunda-feira (12), em entrevista ao jornal O Estado, após a solenidade que marcou o início das atividades de 150 médicos no Programa Médico da Família Ceará em Fortaleza. 

“A minha energia, a minha cabeça, minha disposição tem sido toda voltada nesse momento para administrar e olhar pro povo cearense”, concluiu Camilo Santana

Médicos

Os profissionais trabalharão em postos de saúde localizados em comunidades da Capital, como parte de uma política de fortalecimento da atenção primária e das equipes de Estratégia da Saúde da Família. 

Com investimento de quase R$ 10 milhões do Tesouro Estadual, a ação faz parte do programa Juntos de Fortaleza, conjunto de investimentos públicos pactuados entre Governo do Ceará e Prefeitura de Fortaleza. 

A cerimônia contou com a presença dos Chefes dos Executivos, além do secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, do superintendente da Escola de Saúde Pública, Salustiano Gomes de Pinho Pessoa, da secretária da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, médicos, servidores da Saúde e lideranças políticas locais.

Decreto

O Programa Médico da Família Ceará foi regulamentado pelo Governo do Ceará por decreto assinado em março de 2019, com o objetivo de estimular a qualificação e valorização de profissionais da Saúde no âmbito da atenção primária. 

Os médicos integrantes da política pública são qualificados por meio de curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Atenção Primária à Saúde (APS), ofertado pela ESP/CE.

“Estamos aqui em uma parceria inovadora para garantir o atendimento às famílias de Fortaleza. Quando todo o programa estiver funcionando, mais de 179 médicos vão atender toda a população de Fortaleza. É uma parceria inovadora para que a gente possa garantir saúde de qualidade para a população e ainda vamos servir de modelo para outros estados e municípios que queiram seguir o exemplo adotado no Ceará”, explicou o governador Camilo Santana durante o evento.

Bolsa

A formação dos médicos em serviço pelo programa terá duração máxima de um ano, com pagamento de uma bolsa mensal no valor de R$ 11.865,00, além de carga horária que contemplará 1.920 horas distribuídas entre atividades práticas de treinamento em serviço, atividades didáticas presenciais e/ou a distância, que inclui a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e outras definidas pela coordenação do Programa.

Com informações do OE/POLITICACOMK