Em entrevista concedida aos jornalistas Leonardo e Aquiles Lins, Rui Falcão, ex-presidente do PT, avalia que a eventual
prisão do ex-presidente Lula, se acontecer, provocará reações intensas na sociedade – e potencialmente violentas. "Não será frio", diz ele, em entrevista à TV 247 na última sexta-feira 9.
Na entrevista, ele também fala sobre o papel da mídia no golpe que derrubou a presidente eleita Dilma Rousseff e o plano de mobilizações do Partido dos Trabalhadores.
"Estamos apostando e chamando para a mobilização, estamos organizando comitês que defendem a democracia e o direito de Lula ser candidato", diz ele.
Segundo ele, o Brasil "vive uma democradura", ou seja, um regime que não pode mais ser chamado de democracia. Jornalista, ele fala do papel dos meios de comunicação no golpe e na pressão que a Globo exerce contra Lula no Poder Judiciário.
"O papel da Globo não é só associado ao golpe contra Dilma. Todo mundo se lembra do golpe de 64", recorda. "Não podemos admitir um noticiário faccioso, induzido, que manipula, distorce, omite", defende, ressaltando que o projeto de democratizar economicamente os meios de comunicação será realizado em um eventual governo de Lula.
Sobre uma eventual prisão do ex-presidente, declara: "Eu acho que se resolverem prendê-lo, não será uma prisão a frio". Rui Falcão explica:
"Ele não vai chegar com a malinha pronta e se apresentar para botarem ele na cadeia. Eu acho que algum tipo de reação, não sei qual, haverá. Não é uma prisão pacífica", afirma.
"Nós não temos nenhuma tradição de violência, todas as nossas manifestações têm sido pacíficas, bem organizadas. Agora é uma violência incomensurável prender o Lula", pondera.
O ex-presidente do PT também avisa que Lula será candidato em qualquer hipótese, mesmo preso. "Queremos o nome e a foto dele na urna", diz.
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