Agora temos que entender a intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro.
Ninguém duvide: a motivação é mesquinha e politiqueira. Biombo para o fracasso politico da malfadada reforma da previdência que de reforma nada tem, trata-se de uma aposta irresponsável num centro importante de irradiação politica para retirar da absoluta ilegitimidade politica um governo caracterizado por uma agenda anti-povo, anti-nacional e pela metástase da corrupção generalizada.
Mas corresponde a uma súplica generalizada da sociedade brasileira que anda com medo e com justíssima queixa de seus governantes impotentes diante do crime e da violência banalizados e da crescente audácia de facções criminosas organizadas e empoderadas por anos de conivência e omissões de governos dos principais estados brasileiros em sua origem.
O general a quem se atribuiu a penosa tarefa, Walter Braga Netto, é o que há de melhor em nossas forças armadas. Sério, competente e com elevado espírito publico, deve ter o apoio de todos nós.Mas deve saber, com clareza, que sem os meios corretos, sem inovações institucionais profundas, sem uma convergência com um ministério publico e um poder judiciário muito diferentes do que temos, por media, sua tarefa corre muitos riscos.
Faz tempo que nações poderosas querem que as forças de defesa de países como o Brasil abandonem sua missão institucional para se converterem em forças de segurança pública e combate ao narcotráfico. Não podemos aceitar isto!
A corrupção no aparelho policial do Rio, e do Brasil vai procurar caminhos para se relacionar com o Exército. Repelir o inimigo é tarefa muito diferente de formar a culpa e condenar criminosos.
Um jovem soldado morto pelas milícias, por policiais corruptos ou pelas falanges do narcotráfico e ou facções criminosas é fato comovente que podemos esperar ao se envolverem tropas sem nenhum treinamento em segurança pública.
Torço muito que possa dar certo, mas duvido muito!
CIRO GOMES
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