Causou espanto quando, seis anos atrás, o promotor Luiz Alcântara afirmou ao O POVO que a corrupção estava generalizada nas prefeituras do Ceará.
Hoje se sabe que está mesmo, e não só no Estado, muito menos restrita a administrações municipais.
Naquela época, havia sido revelado esquema que teria como comandante o empreiteiro Raimundo Morais Filho, o Moraisinho. Agia em dezenas de municípios. Era um dos diversos grupos investigados por fraudar licitações.
Nesta semana, a operação batizada de Fraternidade mostrou não apenas que a corrupção segue generalizada, mas também é mais concentrada do que se imaginava.
Um só esquema envolveu o sugestivo número de 171 prefeituras do Ceará. São 93% dos 184 municípios. Muito mais do que se descobriu ser o esquema de Moraisinho.
O nível de coordenação no assalto ao patrimônio público é espantoso. Não se monta rede criminosa tão universalizada sem alto grau de influência política e conivência de gente graúda.
As investigações seguem em segredo de Justiça, mas há muitas respostas a serem dadas à população sobre como um grupo criminoso conseguiu se instalar em quase todos os municípios e com gestões dos mais diferentes partidos.
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