Pages

sexta-feira, 1 de abril de 2016

PALAVRA DE ORDEM DA GLOBO É COMBATER A PALAVRA GOLPE

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, abril 01, 2016   Sem Comentários

Em abril de 1964, quando um golpe militar apoiado pela Globo solapou as liberdades individuais e empurrou o País para 21 anos de ditadura, a primeira página do jornal da família Marinho estampou o editorial "Ressurge a democracia". 

Foram necessários nada menos que 50 anos para que o grupo Globo, que, de mãos dadas com os militares, criou o maior monopólio de comunicação do mundo, pedisse desculpas à sociedade (confira aqui).

Agora, em pleno século 21, a Globo está engajada em mais um golpe. Trata-se de "deseleger" a presidente Dilma Rousseff, anulando seus 54 milhões de votos obtidos nas últimas eleições presidenciais, em 2014. 

O pretexto para isso é a acusação de que ela teria cometido "pedaladas fiscais" – uma prática comum a todos os governos, numa acusação que beira o absurdo quando se leva em conta que as contas do governo Dilma nem sequer foram apreciadas pelo Congresso Nacional, que é quem tem o poder de julgá-las. 

Para piorar, o processo de impeachment vem sendo conduzido por um parlamentar que hoje simboliza a corrupção: o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Portanto, como a primeira mulher a ser eleita presidente da República corre o risco de ser deposta sem que tenha cometido um crime de responsabilidade, é de um golpe que se trata. No entanto, nos últimos dias, a Globo se lançou a uma nova campanha de desinformação. 

Trata-se de difundir a tese de que, por estar previsto na Constituição, impeachment não é golpe. O que a Globo não diz é que, embora previsto na Constituição, um impeachment não pode prescindir de um crime de responsabilidade – o que no caso da presidente Dilma inexiste. Na prática, pela tese da Globo, qualquer pessoa poderia ser acusada de homicídio, simplesmente porque o crime está previsto no Código Penal.

No entanto, como a sociedade hoje é mais plural, a Globo tem lutado com todos os seus instrumentos para vencer a batalha da comunicação. Nesta quarta-feira, publicou um editorial e escalou o colunista Merval Pereira para repetir a tese de que "não vai ter golpe, vai ter impeachment". O que importa, para os Marinho, é consumar o golpe de 2016, sem que sejam condenados pela sociedade ou pela História.

No entanto, num artigo cristalino publicado nesta quarta-feira, o ator Wagner Moura explica, de forma didática, por que a presidente Dilma Rousseff está sendo vítima de um golpe clássico (leia aqui). 

Além disso, em artigo recente, a colunista Tereza Cruvinel, também explicou por que a Globo decidiu combater com tanto afinco a palavra golpe (leia aqui). Entre os Marinho e Merval ou Wagner Moura e Tereza, é melhor ficar com a segunda opção.247

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee