Nesta terça-feira (17), líderes do PMDB se reuniram em Brasília para discutir os rumos do partido para os próximos anos. O congresso foi marcado por diversas críticas ao
governo da presidente Dilma Rousseff (PT), do qual o PMDB é, ao menos oficialmente, um dos seus principais aliados.
Desde julho, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou seu rompimento com o governo, uma ala de parlamentares tem defendido a saída do partido da base aliada.
Quatro meses depois, porém, em vez de sair, o PMDB ampliou sua participação no governo Dilma, saindo de seis ministérios para sete. O UOL conversou com algumas lideranças do partido para entender por que o PMDB ainda não deixou o governo.
O que dizem as lideranças do PMDB
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados
Rompido com o governo Dilma desde julho, Cunha voltou a defender abertamente a saída da legenda da base. "Nós não participamos, não formulamos e não temos compromisso com aquilo que está sendo colocado (pelo governo). Ninguém tem dúvida de que o PMDB lançará candidato em 2018 [...] é essa história: time que não joga não tem torcida"
Michel Temer, vice-presidente da República
Michel Temer, vice-presidente da República
"O PMDB está no governo porque tem o vice-presidente da República. Como é que um partido que tem o vice-presidente da República sai do governo?"
Eliseu Padilha, ministro da Aviação Civil
Eliseu Padilha, ministro da Aviação Civil
"O PMDB é um partido dividido. Temos hoje, seguramente, uma maioria do PMDB que não quer a ruptura. Mas temos vozes fortes falando que vamos ter candidatura própria em 2018. Vamos ter que administrar essa dicotomia interna para, no momento certo, decidir o que fazer"
Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e ex-ministro
Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e ex-ministro
"Não temos ainda uma proposta econômica. Estamos tentando construir uma proposta. A questão [sobre a saída do governo] não é política, é econômica", declarou o ex-ministro da Aviação Civil
Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB da Bahia e ex-ministro da Integração
Geddel Vieira Lima, presidente do PMDB da Bahia e ex-ministro da Integração
"Infelizmente tem gente no PMDB que desaprendeu a fazer política fora do poder. A quantidade de cargos no governo influencia [o não rompimento]. Não tenha dúvida. Sobretudo, influencia aqueles que esqueceram como é que se faz militância"
Romero Jucá, senador
Romero Jucá, senador
"Não adianta discutir rompimento ou não rompimento sem ter um rumo para o país. Vamos discutir o programa em março e a partir daí vamos discutir a permanência ou não na base do governo".UOL
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