Tida como praticamente impossível logo após a corrida de 2014, a ideia de lançar a ex-senadora Marina Silva numa nova candidatura presidencial em 2018 já não enfrenta mais tanta resistência assim dentro do partido do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto num acidente aéreo no passado.
Diante da perspectiva de uma fusão da sigla com o PPS, alguns líderes socialistas admitem nos bastidores que o desenho de um novo projeto eleitoral pode sim passar pela ideia de convencer Marina a disputar novamente o Palácio do Planalto.
Marina passou grande parte dos últimos meses muito distante do PSB. Desde que saiu da votação de outubro do ano passado, avisou imediatamente ao comando partidário que sua prioridade é retomar a criação da Rede Sustentabilidade. Mas, para os socialistas, os “sinais” são cada vez mais claros de que a nova legenda custará a sair do papel.
Embora muita gente no partido resista à ideia de um novo projeto eleitoral com Marina na cabeça de chapa, uma ala reconhece que a fusão com o PPS pode alimentar uma empreitada nesse sentido. A teoria é que a fusão dará ao PSB muito mais musculatura, tempo de televisão e capilaridade em colégios eleitorais estratégicos. Mas continua faltando um nome para a disputa.
Embora ganhe alguns adeptos, a ideia ainda tende a enfrentar resistência de alguns setores estratégicos da legenda. A começar pela direção do PSB em alguns colégios eleitorais estratégicos. É o caso de São Paulo, onde o partido está muito bem amarrado na aliança com os tucanos, mais especificamente com o governador Geraldo Alckmin.
Marina também sempre deixou claro desde a eleição que não tem planos de se lançar novamente pelo PSB. Mas, nesse caso, há no atual partido da ex-senadora quem enxergue “sinais” de que ela pode rever a posição no futuro, dependendo do andamento do projeto da Rede.
Um desses indicativos veio numa recente visita da ex-senadora à liderança do partido. Depois de discorrer longamente sobre sua relação com Eduardo Campos, Marina disse que a Rede e o PSB serão “irmãos siameses”. Quem assistiu ao discurso diz ter ficado impressionado com o discurso.IG
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