O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha de Aécio Neves em 2014, foi o mais agressivo parlamentar a interrogar o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, durante sessão da CPI da Petrobras nesta quinta-feira 9.
O líder do PSDB na Câmara usou de ironias, insistiu para que Vaccari respondesse logo seus questionamentos e afirmou que não era "moleque" para ouvir as respostas que dava o tesoureiro do PT.
Sampaio questionou se foi o "currículo criminoso" do petista que fez o partido convidá-lo para ser tesoureiro. Diante da resposta de Vaccari de que foi "eleito" pela legenda para ocupar o cargo, Sampaio rebateu: "O senhor tem tudo para ser preso e o PT, para ser extinto".
Carlos Sampaio acusou o tesoureiro de ser o criador do "excesso de propina" no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, do "propina delivery" e do "Caixa 1 ilegal" durante sua gestão no partido.
Em seguida, insistiu para que João Vaccari Neto respondesse "sim" ou "não" às suas perguntas, entre elas se esteve no escritório do doleiro Alberto Youssef. E se irritou quando ouvia o início da resposta: "senhor deputado...".
"Eu não sou moleque para ficar perdendo tempo com respostas assim. O senhor é amigo íntimo do Pedro Barusco, sim ou não?", questionou. Os deputados presentes na CPI discutiram com Carlos Sampaio, alegando que o tucano não podia obrigar o depoente a responder no tempo em que ele escolhesse.
João Vaccari Neto disse que até o momento não houve nenhuma indicação do partido para que ele se afaste da Secretaria de Finanças e Planejamento.
"A avaliação que [faço] hoje é que tenho apoio do diretório nacional para continuar na Secretaria de Finanças", disse. Segundo Vaccari, cabe ao diretório do PT uma eventual decisão de afastá-lo.
"Até o dia de hoje, a avaliação que eu tenho é que tenho apoio do Diretório Nacional para permanecer no cargo. Serei secretário de Finanças até o dia em que o diretório nacional assim quiser", respondeu.
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