No ano passado, o crime organizado do País movimentou mais de R$ 75 milhões em contas na Suíça.O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) é acusado de desviar
US$ 13 milhões de obras públicas para contas em bancos da Suíça.
Investigações realizadas pela Polícia Federal Suíça revelam que, hoje, só a Máfia italiana movimenta mais dinheiro nas contas secretas na Suíça que o crime organizado brasileiro. Dados oficiais da Polícia Federal Suíça revelam que, em 2013, suspeitas apontam que organizações criminosas brasileiras fizeram transitar mais de R$ 75 milhões (29 milhões de francos suíços) por contas em bancos suíços com o objetivo de lavagem de dinheiro.
Os recursos teriam sido bloqueados ou pelo menos identificados em processos que correm na Justiça. O volume, que cresceu de forma exponencial nos últimos anos, obrigou os suíços a darem uma atenção especial aos casos referentes ao Brasil.
Um deles envolve o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), acusado em 2011 por lavagem de dinheiro supostamente desviado de obras públicas. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado possuiria US$ 13 milhões em contas bancárias na Suíça, além de outros US$ 40 milhões em Luxemburgo, França e Jersey.
Os dados revelam que, hoje, os grupos criminosos nacionais usam a praça financeira do país europeu de forma mais intensa até mesmo que a máfia russa ou o crime organizado chinês.
"Laranjas"
O volume de dinheiro movimentado pelos grupos brasileiros, por exemplo, é três vezes superior ao que foi identificado com as "gangues russas". O que surpreende os investigadores é que, se a base dessas organizações estão nas periferias das grandes cidades brasileiras, a renda permite que os principais chefes dos grupos tentem usar "laranjas" para transferir milhões de dólares a cada ano para contas em paraísos fiscais.
No total, as autoridades suíças investigaram 103 casos do uso de sua praça financeira pelo crime organizado internacional, envolvendo o tráfico de drogas, de armas, de produtos ilegais, de pessoas, corrupção e prostituição. A liderança é dos "grupos criminosos italianos", que movimentaram quase R$ 150 milhões pela Suíça no ano passado.
Em 2013, a Europol já havia identificado contas e atividades das entidades na Europa. Drogas, vendas de passaportes e prostituição estavam entre as principais atividades. Mas os grupos ainda praticariam o comércio ilegal de animais e até mesmo em crimes financeiros.DN
Os recursos teriam sido bloqueados ou pelo menos identificados em processos que correm na Justiça. O volume, que cresceu de forma exponencial nos últimos anos, obrigou os suíços a darem uma atenção especial aos casos referentes ao Brasil.
Um deles envolve o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), acusado em 2011 por lavagem de dinheiro supostamente desviado de obras públicas. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado possuiria US$ 13 milhões em contas bancárias na Suíça, além de outros US$ 40 milhões em Luxemburgo, França e Jersey.
Os dados revelam que, hoje, os grupos criminosos nacionais usam a praça financeira do país europeu de forma mais intensa até mesmo que a máfia russa ou o crime organizado chinês.
"Laranjas"
O volume de dinheiro movimentado pelos grupos brasileiros, por exemplo, é três vezes superior ao que foi identificado com as "gangues russas". O que surpreende os investigadores é que, se a base dessas organizações estão nas periferias das grandes cidades brasileiras, a renda permite que os principais chefes dos grupos tentem usar "laranjas" para transferir milhões de dólares a cada ano para contas em paraísos fiscais.
No total, as autoridades suíças investigaram 103 casos do uso de sua praça financeira pelo crime organizado internacional, envolvendo o tráfico de drogas, de armas, de produtos ilegais, de pessoas, corrupção e prostituição. A liderança é dos "grupos criminosos italianos", que movimentaram quase R$ 150 milhões pela Suíça no ano passado.
Em 2013, a Europol já havia identificado contas e atividades das entidades na Europa. Drogas, vendas de passaportes e prostituição estavam entre as principais atividades. Mas os grupos ainda praticariam o comércio ilegal de animais e até mesmo em crimes financeiros.DN
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