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terça-feira, 8 de abril de 2014

O PRELÚDIO DA GUERRA ENTRE CID GOMES E EUNÍCIO OLIVEIRA

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, abril 08, 2014   Sem Comentários

                                     
A tensão política aumentou nas últimas semanas, depois que Cid Gomes (Pros) admitiu a hipótese – já abortada – de renunciar e após o encontro entre ele e o senador Eunício Oliveira (PMDB) a sequência de reuniões internas no Pros jogou mais querosene na fogueira. 

Protocolarmente, a aliança se mantém. O peemedebista disse que esperará até o fim de abril pela posição do Pros, apesar de, na semana anterior, ter dito que “ninguém dá prazo para senador ou governador”. 

Talvez por isso mesmo, o cenário já é preparado para a guerra e os primeiros disparos já começam a partir de um lado e outro.

Primeiro, veio a declaração de Ciro Gomes (Pros): “O mais importante é não deixar o Ceará cair na mão de um aventureiro”. No dia seguinte, Cid escreveu no Facebook sobre as razões para permanecer: 

“Fundamentalmente, entregar o estado do Ceará em boas mãos, me parece ser o meu dever”. A quem se referiam? As frases foram ditas no contexto da possibilidade de renúncia do governador, a primeira para defender e a segunda para anunciar sua permanência. 

Seriam, então, para o vice-governador Domingos Filho? Mas elas estavam também no contexto das articulações eleitorais, do encaminhamento da sucessão. Estariam, então, direcionadas a Eunício, principal ameaça à continuidade de Cid?

Talvez a resposta esteja em ambos. No mínimo, ficou a ambiguidade no ar, apesar da negativa de Cid de que a recusa de seu vice em renunciar junto com ele tenha influenciado a decisão. A fala de Cid, até por sinalizar o porvir após a renúncia e a perspectiva sucessória, parece mais endereçada a Eunício. A de Ciro, a Domingos, embora ainda mais abrangente e agressiva.

Os primeiros petardos partiram, pois, das fileiras governistas. Eunício reagiu, pela primeira vez em tom de opositor. “Essa eleição não vai ser eleição de poste. As pessoas já tiveram muitas decepções por candidatura imposta, tirada de bolso do colete. Acho que o coronelismo passou”. 

Até então, Eunício não tem críticas ao governo que apoiou por sete anos e três meses. Mas seu alvo é claro e sinaliza para o provável discurso de campanha. Seu alvo óbvio é a candidatura governista, ainda sem nome natural e cuja força evidente estará no apoio da atual administração. Além disso, remete à recorrente crítica ao acúmulo de poder em torno do atual núcleo governista.

Até então, as hostilidades estavam nos bastidores. Agora, tornam-se públicas, ainda que veladas. As pontes estão sendo incendiadas.o povo

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