Mesmo já esperada, a declaração da presidente na abertura do encontro, em Nova York, foi a mais séria condenação diplomática à espionagem até agora. Incisiva, ela rebateu o argumento de que o terrorismo poderia justificar monitoramento, como argumentaram os Estados Unidos, e classificou o ato de uma violação aos direitos humanos.
- O que temos diante de nós é um sério caso de violação dos direitos humanos e desrespeito à soberania. Jamais uma soberania pode firmar-se em detrimento de outra - declarou a presidente.
O jornal espanhol “El País” destacou que embora a presidente não tenha se referido diretamente aos EUA em qualquer parte de seu discurso, ela foi taxativa ao denunciar a espionagem como uma “afronta ao direito internacional e aos princípios que devem reger entre os Estados”. Para o argentino “El Nacional”, Dilma foi direta. “Sem rodeios e preâmbulos”, dedicou suas primeiras palavras à espionagem.
A presidente, que já adiou uma visita que faria à Casa Branca devido ao caso, afirmou que o programa de espionagem americano, revelado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, fere o direito internacional. O programa foi revelado em reportagens de O GLOBO, “Guardian“ e “Washington Post”.
O discurso da presidente brasileira entrou ao vivo, em vídeo com tradução, na maioria dos sites americanos. Os canais CNN internacional e BBC World transmitiram boa parte do pronunciamento.
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