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sexta-feira, 21 de junho de 2013

UM GRITO DE ESPERANÇA

Por .   Postado  sexta-feira, junho 21, 2013   Sem Comentários


Em uníssono, eles cantaram, repetidas vezes, que são brasileiros e sentem orgulho e amor por isso. Podiam não estar totalmente integrados sobre os objetivos do protesto nem sobre o percurso desde a praça Portugal, na Aldeota. 

A única certeza é que os milhares que saíram às ruas de Fortaleza, na tarde e noite de ontem, compartilhavam um sentimento: querem um Brasil diferente - e estão indo às ruas para isso.

É certo que, entre os 10 mil participantes (segundo estimativa da organização), havia os que acreditam na violência e no vandalismo como combustível para a mudança. E aí, quando o grupo chegou ao Palácio da Abolição (depois de ter passado pela Assembleia Legislativa), entrou em confronto com a Polícia.


Mas esse foi apenas o final. No percurso de cerca de seis quilômetros, o que se viu foi um clima generalizado de esperança. “Estamos tentando mudar a situação que não está muito legal”, explicou o artista plástico Marcos Pacoli, 39, que levava cartaz pedindo “Ordem nesse progresso”. “Falta segurança, saúde, educação”, enumerou a estudante Marília Monteiro, 19, carregando flores brancas e o rosto colorido pelo patriotismo e pela esperança. 

“Estou lutando pelos meus netos”, definiu a doméstica Ana Gilda Jácome de Oliveira, 54 - empunhando papel contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37.

O pedido de veto à PEC, inclusive, foi bandeira de muitos manifestantes. Mas o protesto, organizado pelas redes sociais, pedia, inicialmente, a entrega de carteiras estudantis 2013. “O tema principal é a educação, que abrange tudo”, definiu Sarah Hannahe, membro do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Ceará (DCE-UFC) - uma das entidades mobilizadoras.

Fosse pelo que fosse, a avenida Desembargador Moreira e o entorno do Palácio da Abolição pararam para ver o povo passar. Pararam e piscaram luzes dos prédios, aplaudiram, buzinaram, balançaram bandeiras do Brasil e lençóis brancos. Como retribuição, o “público” foi aplaudido, viu os manifestantes fazendo ciranda e tomando banho na fonte do palácio e ouviu o silêncio quando a multidão passou pelos dois hospitais do trajeto Praça Portugal-Assembleia.

Moradores e trabalhadores no trajeto engrossaram o coro da democracia. “Que bom que o povo está na rua, ainda mais os jovens, que têm mais energia para lutar e definir outro rumo para o País”, celebrou o servidor público David Alves, 46.

Um chamado da cidade

Por coragem, a professora mato-grossense Waceila Miranda, moradora de Fortaleza há dois anos, está disposta a buscar a mudança. “Eu teria vindo antes se Fortaleza tivesse me chamado”, confidencia. Waceila ficou com o corpo cheio de marcas de bala de borracha após ter participado da manifestação de quarta-feira, nas proximidades da Arena Castelão. “Enquanto a gente precisar, eu vou lutar. Hoje, amanhã, depois de amanhã”.o povo

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