AOS VICIADOS EM IMPUNIDADE "LÁ EM CIMA" NÃO ESTÃO MAIS TENDO VEZ.

 A maneira como a Justiça Eleitoral, pela sua Procuradoria Regional, e dos promotores públicos eleitorais tem barrado, através de indeferimentos, de envolvidos em atos de improbidade,
tem colhido de surpresa lideranças políticas da Capital e principalmente do interior do Estado. Não que o TRE eleitoral não tenha agido, no passado, com o mesmo rigor. O problema é que, enquanto em pleitos passados juízes e promotores só contavam as letras da lei, para isolar maus candidatos, os tempos hoje são outros, e a força-tarefa contra os crimes eleitorais e contra a coisa pública, conta com um reforço poderoso, conquistado através de mobilização nacional, e ao qual o Poder Legislativo Federal teve que se dobrar: a “Lei da Ficha Limpa”. É claro que não se pode ter como certa a moralização definitiva do nosso sistema eleitoral. Isso não existe em nenhum país do mundo, e não seríamos uma exceção. Mas, a verdade é que, em todos os municípios, nomes serão barrados, mesmo apelando ao TSE e STF, que não se mostram dispostos a atender a padrinhos de candidatos. Diante dessa situação, quem faz a festa, em tese, são os advogados especialistas em Direito Eleitoral. Só que, como vivemos momento diferente, será muito reduzido o número de recursos impetrados a acolhidos pelo Supremo e pelo TSE. É melhor os partidos mudarem alguns dos seus nomes, antes de ficar sem candidato. E não adianta profissionais de imprensa política “darem corda” aos viciados em impunidade, que “lá em cima” não estão mais tendo vez. Hoje, partido que não quiser passar vexame, terá que moldar candidatos competentes, mas honestos e confiáveis.JORNAL O ESTADO.