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segunda-feira, 25 de junho de 2012

FESTA CONTRA A HOMOFOBIA

Por .   Postado  segunda-feira, junho 25, 2012   Sem Comentários


Luiza Silva, 32, comerciante, encara como um dia de protesto. Sai de casa com camiseta de arco-íris, dá a mão para a namorada e desfila orgulhosa pela avenida Beira Mar. “Esse é o momento de se manifestar, beijar na boca, mostrar que não somos diferentes. Fico mais à vontade para namorar em público e os héteros também com a minha presença.
Vão enxergando que somos parte da sociedade e que não há mal nenhum nisso. Infelizmente quem não gosta não vem, mas essa é a décima terceira Parada Gay, vai ter a décima quinta, a vigésima e eles vão ter que se acostumar”, diz. Para dar o seu recado, ela não deixa de tomar uma cervejinha e de se deixar contagiar pelo som dos trios-elétricos.

“É um dia de protesto, mas com a gente reunido só podia ter clima de festa, né!?”, resume o promotor Marcos Aurélio, 23, enquanto um dos meninos da roda corre atrás de um lápis preto para retocar o olho. “Eu venho mesmo é pra curtir”. Faz muito calor, a avenida Beira Mar ainda não está tão lotada como daqui a duas horas, mas a festa já começou. O trio toca Lady Gaga e o asfalto vira pista de dança das mais animadas. É o início da XIII Parada Pela Diversidade Sexual do Ceará.
Alto astral
Parece que não tem como não se contagiar pelo alto astral das travestis, a alegria da liberdade do momento e o som de balada. “Quase todo ano venho por causa da festa, do som”, conta Sérgio Pereira, 26, que leva a namorada pela segunda vez. “É nosso passeio esse domingo”, diz. O fato de ser uma Parada Gay não o intimida. “O objetivo não é esse? Todo mundo curtindo junto, sem problema?”  
O major Carvalho, do Corpo de Bombeiros, acha que falta conteúdo político. “Antigamente tinha mais idealismo, agora eles vêm para beber, só tem essas músicas que fazem apologia ao sexo, não ouvi nenhum discurso sobre uso de camisinha, nada disso”, diz. Apesar do fetiche do uniforme, o assédio é respeitoso. “O pessoal só brinca de longe”. Pouco tempo depois, o trio-elétrico interrompe a ragatanga e o pessoal do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab) pede um minuto de silêncio em homenagem aos homossexuais mortos no Brasil, lembra que o Ceará é o oitavo estado com maior número de mortes desse tipo e puxa uma vaia à homofobia.
Dona Marlúcia Rodrigues, 57, engrossa o coro. Ela está com o marido, o filho Fernando e o namorado dele. “Venho pelo amor dos dois. Era bom se todo dia fosse assim”.

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