O deputado federal e presidente do PL Ceará, André Fernandes, participou nesta terça-feira (28) do Café da Oposição na Assembleia Legislativa do Ceará.
Ele voltou a defender o nome do ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) para disputar o Governo do Estado em 2026, disse que tem aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para definir os apoios do partido no Ceará e comentou sobre a disputa interna pela indicação ao Senado.
O PL tem dois pré-candidatos: o deputado estadual Alcides Fernandes, pai de André; e a vereadora Priscila Costa.
Fernandes assumiu a legenda estadual há pouco mais de um mês. Na última semana, participou do evento de filiação de Ciro ao PSDB. Em julho, André chegou a descartar apoio a Ciro e ao ex-prefeito Roberto Cláudio após vídeo do ex-ministro com críticas a Jair Bolsonaro. Agora, no entanto, tem defendido a aliança.
Ele mencionou elogios que recebeu de Ciro no evento do PSDB e disse que ambos têm reconhecido momentos que estiveram certos ou errados. "Foi uma surpresa e é sempre uma surpresa quando um político renomado faz um elogio público, mas essa conversa está sendo alinhada há bastante tempo. Em pouco tempo, a gente não vai ter nenhuma divergência".
Para o deputado, por mais que Ciro não tenha declarado pré-candidatura ao Governo, é o que tem mobilizado o grupo. "O que o PL quer é derrotar o PT, e o que a gente percebe hoje é que o nome mais forte é Ciro Gomes".
O deputado também falou sobre o senador Eduardo Girão (Novo), pré-candidato ao Governo. Ao ser questionado sobre ele, André disse que Girão "tem que estar nesse projeto, temos que fazer uma chapa única e ele tem que participar disso". O senador, no entanto, não tem participado de mobilizações que envolvem Ciro e já chegou a criticar a aproximação com o ex-opositores.
Aval de Bolsonaro
André Fernandes também comentou sobre o aval de Bolsonaro sobre as movimentações no Ceará, já que o partido tem se aproximado de nomes que têm histórico de críticas ao ex-presidente, como o próprio Ciro. "Todas as movimentações que fiz no Ceará, Bolsonaro nos ouviu, me entendeu e nos mandou tocar", disse.
Ele lembrou episódio em que Bolsonaro, em Fortaleza, ao ser questionado sobre a aproximação com ex-opositores, respondeu: "Conversa com André". "Obviamente em tudo que fiz e estou fazendo tenho aval de Jair Bolsonaro. Ele podia até ter outras ideias, mas nos ouviu, nos atendeu. Ele entendeu que o Ceará e específico e quem deve tocar, no Ceará, são os parlamentares do Ceará", pontuou.
Pré-candidaturas ao Senado
Outro ponto questionado foi a disputa interna pelo Senado. No início do Café, a vereadora do PL participou do evento, mas saiu antes de Fernandes chegar ao local, segundo ela, por ter outro compromisso. Priscila Costa foi anunciada como pré-candidata pela ex-primeira-dama Michele Bolsonaro; já Alcides Fernandes teve apoio de Bolsonaro.

"Esse projeto do senado é construído pelo PL, conversando sempre com André, Michele, Valdemar (da Costa Neto, presidente nacional do PL) e Bolsonaro", disse Priscila."É uma candidatura de grupo, consciente, estamos ganhando adesão, a gente está comprometido com o desejo do presidente", pontuou. Ela evitou comentar sobre o nome de Ciro para o Governo. "O Ciro ainda não lançou essa candidatura, a gente está em cada etapa, cumprindo a missão por etapa, agora foi importante abrir esse diálogo", afirmou.
Nos bastidores, conversas internas dão conta de que a pré-candidatura de Priscila incomoda o grupo de Alcides, já que tem potencial para dividir votos da direita na disputa pelas duas cadeiras do Senado.
Interlocutores estariam tentando fazer com que a parlamentar reavalie a postulação, ao mesmo tempo em que alegam que ela própria está tentando seguir na disputa em articulação com a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Questionado se a pré-candidatura de Priscila atrapalha o projeto de Alcides, André negou. "Não vejo que atrapalha, o PL pode ter três, quatro pré-candidaturas ao Senado", disse.
"Estamos trabalhando, hoje o PL tem duas candidaturas ao Senado. Vamos ter o momento para decidir, convenções vão acontecer no meio do ano que vem, tem outros partidos para essa conjuntura política", ressaltou o presidente estadual.
Na saída do encontro, o deputado licenciado Alcides Fernandes (PL) evitou falar sobre as pré-candidaturas da sigla ao Senado, mas avaliou o “Café da Oposição” como positivo. "Conversa foi boa, estamos sempre traçando projetos. Nossa meta é vencer o PT", salientou.
Na semana passada, quando questionado se o pedido de licença seria para que pudesse se concentrar na campanha por representar a sigla na corrida eleitoral por uma vaga no Senado, ele desconversou. “Todos nós somos pré”, evidenciou o deputado, salientando que as definições ficarão para 2026.PONTO DO PODER
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