O ato de filiação de Ciro Gomes ao PSDB, nesta quarta-feira (22), confirmou a expectativa de que o ex-ministro reforça o
peso político da oposição no Ceará e mantém relevância no debate público.Ainda assim, o silêncio sobre uma eventual candidatura ao Governo do Estado gerou frustração entre aliados. A indefinição persiste, mas não é obra do acaso: é estratégia.
A menos de um ano da eleição, Ciro tem consciência de que o cenário político pode mudar dentro e fora da oposição, no Ceará e no Brasil. Por isso, defende que o momento é de construir um “projeto de futuro” antes de discutir quem ocupará cada posição na chapa.
O recado é direto para dentro do próprio grupo oposicionista, ainda carente de coesão e rumo definidos. A organização passa, inevitavelmente, pela mobilização das bases, e isso exige um nome competitivo que lidere o processo. Hoje, esse nome é o dele.
De olho em debates nacionais
No discurso, Ciro também deu sinais de que não abandonou o desejo de protagonismo em âmbito nacional. Falou com entusiasmo sobre as “mazelas do País” e defendeu a necessidade de reconstrução do Brasil, com críticas ao presidente Lula e à polarização política. Quando o ex-senador Tasso Jereissati sugeriu a ele a missão de reerguer o PSDB no plano nacional, Ciro não hesitou: “primeira missão aceita”.
O nome de Roberto Cláudio
A fala também deixou espaço para o “cenário ideal”. Ciro exaltou o ex-prefeito Roberto Cláudio, a quem considera “pronto para ser o governador que o Ceará merece”. É público e notório que o ex-ministro gostaria de ver o aliado encabeçando a chapa, cabendo a ele um papel mais estratégico e com olhar voltado ao cenário nacional. Mas, diante das circunstâncias, sabe que a candidatura pode acabar sendo sua.
Sinal de ânimo à base
Ciente da expectativa em torno do seu nome, Ciro não deixou a base desanimar. Disparou críticas contundentes ao governo e ao ministro Camilo Santana, abrindo fogo contra o modelo de gestão do grupo governista. E, ao final, em tom firme, reforçou o compromisso com a luta política: “vou cumprir a minha obrigação”.
A dúvida segue no ar, mas a ambiguidade, neste caso, é combustível para manter coesão na oposição. PONTO DO PODER
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