A VERDADE SOBRE A DISPUTA PELO COMANDO DO UNIÃO BRASIL NO CEARÁ

A direção nacional do partido União Brasil ainda não liberou a senha para se  conhecer nomes dos futuros dirigentes do partido nos estados.

O complexo xadrez exige um profundo estudo, para evitar erros, confrontos com aliados, divisão e derrotas. 

O União Brasil, nacionalmente, é presidido pelo pernambucano Luciano Bivar, um político experiente e craque na sabedoria de criar partidos. A fusão com o DEM foi ideia dele e de ACM Neto, uma nova águia da política brasileira. A meta é  tornar o União um gigante na política brasileira, com grande bancada no Congresso Nacional e influente em possível governo de coalizão.

O deputado Capitão Wagner, (PROS) fala a verdade, quando afirma que a nova sigla está sob seu controle no Ceará. Luciano Bivar lhe deu a palavra. ACM Neto, que é vice-presidente do partudo e, no rodízio de comando, irá presidí-lo por dois anos, prometeu ao senador Chiquinho Feitosa o comando do União Brasil no Estado. O impasse foi criado. O ideal seria unir todos no núcleo de poder do partido, mas o antagonismo não permite. 

O União Brasil tem dois itens prioritários: 1- ser um partido de centro e centro-direita, moderado, não aceitando extremistas. A tática garantirá ao partido tempo de rádio, TV e muitos recursos do Fundo Partidário; 2- A prioridade de poder tem como meta eleger grande número de deputados e senadores, posteriormente ampliando-se a base de prefeitos. A nova legenda planeja eleger cinco governadores. 

Com quase R$ 900 milhões no caixa, o União Brasil pode atingir metas estabelecidas. O problema é conseguir gastar bem, investir em políticos que sigam a orientação do partido, tenham disciplina e respeito ao posicionamento assumido pela direção, para votar projetos importantes. 

Nesta quinta-feira, 3, abre a janela partidária, momento em que detentores de mandatos podem mudar de partido sem perder a vaga. É um período de acomodação, onde todos buscam o caminho mais fácil para renovar mandatos, sejam proporcionais ou majoritários. O União Brasil, no momento, não anda em busca de caçar filiados importantes. Pelo contrário, está sendo caçado, por ser jovem, rico e possuidor de perspectiva de poder. BLOG ROBERTO MOREIRA