No Brasil, os resultados das pesquisas eleitorais movem os políticos para alianças improváveis. Em jogo, o pragmatismo e a sede pelo poder.
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, é um bom exemplo dessa prática. Ele vinha relutando em negociar apoio à candidatura de Lula. Ele pretendia aderir à candidatura do petista apenas no segundo turno. Mas, diante da possibilidade do ex-presidente vencer as eleições ainda no primeiro turno, fez Kassab dar início às negociações com o PT.
Afinal, o ex-prefeito passou a entender que a candidatura do senador Rodrigo Pacheco está com muita dificuldade para decolar e que seria melhor embarcar logo no barco petista. Nesse caso, o ex-governador Geraldo Alckmin seria vice de Lula pelo PSD. A tendência de crescimento, identificada nas pesquisas, cria uma força de atração e a manada costuma reverenciar quem lidera. E, nesse caso, Lula está sendo amplamente beneficiado.
O senador Renan Calheiros é outro que segue essa lógica. Após receber a visita de Lula, ele não se esquivou de confirmar apoio ao petista. “Se o MDB não tiver um candidato competitivo, é mais consequente fecharmos uma aliança com Lula”.
Calheiros não acredita no sucesso da candidatura da senadora Simone Tebet, que foi lançada recentemente pelo partido. Ela não consegue projeção nas pesquisas e não tem apoio dos principais nomes da sigla. Entretanto, essa tipo de costura que Renan está iniciando é rotineira no MDB, que costuma formar a base de apoio ao governo, qualquer que seja ele. Foi assim com os governos do PSDB e também com as gestões do PT no passado.
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