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domingo, 13 de setembro de 2020

SUCESSÃO MUNICIPAL EM FORTALEZA

Por ipuemfoco   Postado  domingo, setembro 13, 2020   Sem Comentários


A cúpula do PSDB no Ceará decidiu apoiar o PDT para a eleição municipal em Fortaleza.
 
O último ato antes do anúncio ocorreu na noite deste sábado (12) quando o partido definiu que Carlos Matos não é mais o pré-candidato do partido à prefeitura. O DEM, que resolveu caminhar junto com o tucanato, tomará o mesmo rumo. Aliás, o DEM já faz parte do grupo governista na gestão Roberto Cláudio.

Essa decisão sacramenta a reaproximação política entre o senador Tasso Jereissati e o ex-ministro Ciro Gomes. Seria difícil pensar algo diferente após as declarações de lado a lado na noite da última sexta-feira (11), em que Tasso gravou um vídeo em apoio à candidatura de reeleição do prefeito de Sobral, Ivo Gomes, irmão de Ciro. A própria simbologia de ter a reaproximação ocorrido naquela cidade da Zona Norte trouxe as respostas para as perguntas que ainda estavam faltando.

Comunicados

Os interessados na posição tucana em relação à corrida pela Prefeitura de Fortaleza já foram comunicados da decisão, inclusive membros da oposição como o candidato do Pros, Capitão Wagner, que ainda tentava costurar um acordo para atrair o tucanato. Internamente, uma parte dos filiados à legenda não concorda com a decisão.

Alguns, inclusive, foram à convenção de Wagner, indicando um apoio informal. Essas divergências internas são o motivo de a legenda ainda não ter anunciado a parceria com o PDT, levando até os últimos dias do prazo de convenções, a decisão.

Novo momento

A reaproximação entre Tasso e Ciro, que mostra o dinamismo da política, marca também uma página da história política cearense, por tratar-se de dois ex-governadores cearenses cuja liderança extrapolou as divisas estaduais e tomou repercussão nacional. 

E esse momento veio sendo construído, ao longo do tempo, depois que os dois haviam rompido em 2010, por ocasião da eleição que culminou na vitória de Dilma Rousseff e na derrota de Tasso ao Senado.

No dia 1º de julho do ano passado, vieram os primeiros sinais de que a retomada da aliança era uma possibilidade real. Na oportunidade, o senador tucano participou - e acabou sendo a grande novidade - do palanque montado no palco do Teatro São José, em que o prefeito Roberto Cláudio lançou um pacote de obras para a reta final da gestão. Após o ato, as perguntas a Tasso, Ciro e Roberto Cláudio foram todas neste sentido. E as respostas encaminhavam as possibilidades.

O anfitrião

Em outubro do ano passado, Tasso, já parecendo bem à vontade entre os governistas, participou, com Ciro, de um debate pelos 30 anos da Constituição Estadual na Assembleia Legislativa. Em todos os momentos, o tom do encontro foi de descontração e cortesia. O mais importante de se observar em relação àquele ato foi o anfitrião: Sarto Nogueira, o presidente da Assembleia.

Nos bastidores deste período pré-eleitoral, todos sabiam que, em paralelo às conversas entre o prefeito Roberto Cláudio e o presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, havia um acompanhamento atento do senador à dinâmica interna pedetista. A escolha de Sarto como candidato facilitou ainda mais a aproximação das legendas, pois ele era o preferido de Tasso para o embate.

Dilema petista

Após a ampla rodada de negociações com o governador Camilo Santana (PT) e uma possível aliança com o PDT que não se confirmou, o PT corre contra o tempo para viabilizar alguma aliança para a sucessão municipal. A própria deputada Luizianne Lins, pré-candidata do partido, está cuidando disso e tratando, inclusive, com o ex-senador Eunício Oliveira, presidente estadual do MDB.

A possível aliança daria mais tempo de TV à petista e é uma possibilidade real. Em fevereiro deste ano, a direção nacional petista definiu que, nos casos de os comandos regionais aceitarem alianças com partidos como o MDB, que atuaram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma, não haveria objeção. 

Em Fortaleza, parte dos petistas se apega a isso, mas a verdade é que a tese é polêmica e divide opiniões no partido. Uma crise existencial para ser resolvida em um prazo de três dias.

Na espreita

Quem acompanha de perto toda a negociação é o deputado Heitor Férrer, pré-candidato do Solidariedade, que também espera uma carta de aproximação com partidos que queiram uma aliança eleitoral. Até o dia de ontem, nenhuma novidade envolvendo o caso.

Heitor chegou a ser procurado por vários pré-candidatos para compor como vice, mas como dissemos nesta coluna no dia 3 de setembro, negou sistematicamente os convites. Agora por último, Heitor chegou a conversar com o pré-candidato do PV, Célio Studart, mas também sem acordo. A definição ficará também para a última hora.INACIO AGUIAR

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