Em entrevista à Folha, o senador, antigo aliado de Bolsonaro, afirma que o presidente, com seu “jeito muito próprio de se comunicar”, não se preocupa em ofuscar a pauta positiva do governo.
'Tem que se adaptar ao estilo do chefe, não o contrário', diz Major Olímpio sobre Bolsonaro
Líder do PSL no Senado afirma que presidente tem sempre destinatário para suas declarações polêmicas
Alvo de crescentes questionamentos depois do vazamento de mensagens trocadas com procuradores da Lava Jato na época em que era juiz, Moro, afirma Major Olímpio, é como “massa de pão”. “Quanto mais você bate, mais cresce”, diz.
Tenho convicção que não interferem. Bolsonaro tem um jeito muito próprio de se comunicar e de se expressar. Polêmico e ácido muitas vezes. É o estilo dele, que ele vem utilizando a vida toda e que o notabilizou.
Mas ele não vai. Não adianta tentar policiar. Pessoas próximas a ele, se são próximas de verdade, deveriam conhecer o estilo Jair Bolsonaro de ser. Ele nunca foi o politicamente correto.
O sr. disse que ele sabe quem está atingindo com essas declarações. Tem uma estratégia, então?
Vejo hoje que os principais ministros e suportes para o governo Bolsonaro com a opinião pública são Paulo Guedes [Economia] e Moro. Quanto mais bordoada ele toma por causa dos vazamentos do Intercept, mais o povo diz ‘esse cara é melhor do que eu pensava’. Ele é a massa de pão mesmo. Quanto mais você bate, mais cresce. É impressionante.
Para a tranquilidade do governo, os tais vazamentos que foram feitos em relação ao Moro só demonstram o cara probo e correto que ele é. A relação de ordem pessoal que se tem entre profissionais que trabalham próximos acaba acontecendo.
Alvo de crescentes questionamentos depois do vazamento de mensagens trocadas com procuradores da Lava Jato na época em que era juiz, Moro, afirma Major Olímpio, é como “massa de pão”. “Quanto mais você bate, mais cresce”, diz.
Tenho convicção que não interferem. Bolsonaro tem um jeito muito próprio de se comunicar e de se expressar. Polêmico e ácido muitas vezes. É o estilo dele, que ele vem utilizando a vida toda e que o notabilizou.
Mas ele não vai. Não adianta tentar policiar. Pessoas próximas a ele, se são próximas de verdade, deveriam conhecer o estilo Jair Bolsonaro de ser. Ele nunca foi o politicamente correto.
O sr. disse que ele sabe quem está atingindo com essas declarações. Tem uma estratégia, então?
Vejo hoje que os principais ministros e suportes para o governo Bolsonaro com a opinião pública são Paulo Guedes [Economia] e Moro. Quanto mais bordoada ele toma por causa dos vazamentos do Intercept, mais o povo diz ‘esse cara é melhor do que eu pensava’. Ele é a massa de pão mesmo. Quanto mais você bate, mais cresce. É impressionante.
Para a tranquilidade do governo, os tais vazamentos que foram feitos em relação ao Moro só demonstram o cara probo e correto que ele é. A relação de ordem pessoal que se tem entre profissionais que trabalham próximos acaba acontecendo.
Você pega uma comarca pequena, onde tem dois juízes e dois promotores, daqui a pouco as esposas são amigas, os filhos são amigos, o cara faz churrasco e toma uma cachaça com o outro. Isso acontece. Chama-se convivência. Nada que possa ser comprometedor.
Fica ruim essa imagem do Brasil de que todo mundo pode grampear todo mundo do jeito que quiser. Com todo gosto que tenho por Araraquara —quase 50% da cidade votou em mim—, falar que o super hacker de Araraquara devassou a República toda, todos os Poderes, é um grande deboche para o país. Eu imaginava uma quadrilha muito mais organizada e sofisticada, por isso estou brincando.
Eu imaginava que ia ter espião russo, a CIA… eu assisto bastante Netflix [risos]. Aí vem essa historinha pobre, com os gazeteiros, estelionatários que dão golpe de cartão. Achei muito tupiniquim. Vai ficar para a nossa história essa fragilidade de dados de todo mundo.FOLHA
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