Existem evidências científicas da influência do álcool em casos de homicídios, suicídios, violência doméstica, abusos sexuais e acidentes de trânsito. Em pequenas quantidades, o álcool promove uma desinibição, ou seja, deixa a pessoa mais sociável e comunicativa.
No entanto, com o aumento do consumo, o indivíduo passa a apresentar uma diminuição da resposta aos estímulos, fala pastosa, dificuldade de manter o equilíbrio, entre outros sintomas.
Em caso de concentrações muito altas, o indivíduo pode ficar comatoso ou até mesmo morrer. Entre os efeitos do álcool correlacionados com situações de violência, podemos citar: a diminuição da capacidade cognitiva, o que aumenta a probabilidade de respostas agressivas do indivíduo na presença de uma provocação; a redução do medo e a ansiedade com relação às conseqüências sociais, físicas e legais da ação de outrem; e prejuízos na atenção e capacidade de julgamento, o que torna o indivíduo alcoolizado mais vulnerável nas situações envolvendo acidentes e violência.
Além do uso de álcool influenciar a prática de crimes por agressores, o consumo nocivo de bebidas alcoólicas pelas vítimas de violência também é apontado como um grande fator de contribuição para a ocorrência de delitos graves, como os homicídios, em que a vítima inicialmente provoca o agressor.
Em Curitiba, estudo desenvolvido pelos pesquisadores Duarte e Carlini-Cotrim apontou indícios da influência de bebidas alcoólicas, no momento do crime, em 53,6% das vítimas e 58,9% dos autores de delitos.
A pesquisa analisou 130 processos de homicídios ocorridos entre 1990 e 1995. A relação do uso de álcool com a violência interpessoal é um problema bastante preocupante em nosso país, visto que apresentamos um dos maiores índices de homicídios do mundo.
Dessa maneira, faz-se necessária a implantação de políticas de prevenção da violência relacionada ao uso de álcool no Brasil.**Gabriel Andreuccetti,
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