Grupo de Quixadá interpreta sinais da natureza e vê indicativos de muita ou pouco chuva nos meses seguintes.
Boas chuvas intercaladas com períodos curtos de seca, os chamados veranicos, devem ocorrer neste ano no Ceará, segundo previsão da maioria dos "profetas da chuva". O grupo faz análise de sinais da natureza como o ninho do joão-de-barro, folhas, vento e o percurso das formigas.
A previsão de 21 dos 25 profetas que se reúnem neste domingo (13) em Quixadá, no interior do Ceará, é para o período entre março e junho, os meses mais chuvosos no estado.
Mesmo com uma estiagem que afeta o Nordeste há seis anos, muitos deles arriscam todos os anos que haverá fartura de chuva. Baseados em numerologia, natureza ou em outros tipos de crenças, eles tranquilizam e dão esperança aos que vivem na região mais árida do país. Já outros, conhecidos e respeitados por acertar outras vezes, afirmam que 2019 não será um ano propício para um bom volume pluviométrico.
Um dos idealizadores e organizadores do Encontro dos Profetas, Helder Cortez, avalia as revelações dos profetas como de um "inverno na média", similar ao ano anterior.
Para ele, o evento é um modelo para outras regiões e serve para despertar o interesse popular pela previsão meteorológica do inverno sertanejo. O momento é de confraternização e de consolidação desse costume, motivo que sempre atrai um grande público. Este ano foi mais de 400 visitantes.
Reconhecendo a importância e a necessidade de se preservar essa tradição, o deputado estadual Guilherme Sampaio Landim pretende apresentar projeto de lei na Assembleia Legislativa pela criação do Dia Estadual do Profeta da Chuva, em janeiro.G1
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