O presidente do Senado integra a executiva nacional do PMDB e disse que, como senador, se abstém do processo de denúncia contra o presidente.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu que deputados do PMDB que votaram contra o presidente Michel Temer (PMDB) no arquivamento da denúncia de corrupção não devem ser punidos pelo partido.
Entre os parlamentares do Ceará, apenas um peemedebista votou pela continuação do processo. O senador participou de entrevista na rádio Tribuna BandNews FM na manhã desta sexta-feira (4).
Em relação ao governo de Temer, de quem é correligionário, Eunício evitou falar sobre o futuro político do presidente. Sobre a votação do arquivamento da denúncia contra Temer, ele disse que o Senado Federal se abstém do processo já que, constitucionalmente, seria o responsável por liderar o processo de sucessão do presidente.
“Como estamos nos últimos dois anos, cabe ao presidente do Congresso, no caso o senador Eunício Oliveira, presidir o pleito e determinar as regras para esse pleito indireto. O Senado fica à margem de qualquer processo quando se trata de atos do presidente da República”, diz Eunício.
Ele também defendeu deputados que votaram a favor de que a denúncia contra Temer prosseguisse diante de ameaças de punição do partido. Do Ceará, o deputado Vitor Valim (PMDB) foi um dos peemedebistas que votou contra o arquivamento da denúncia.
“Se depender de mim, não vou punir ninguém por uma questão de consciência”, disse o senador. “O PMDB nasceu nessa questão da divergência, veio do processo contra a ditadura”, pontuou.
Dívida dos agricultores
O senador também destacou que conseguiu ampliar para 31 de dezembro de 2016 o período referente ao qual agricultores endividados podem renegociar suas dívidas junto ao Banco do Nordeste.
“Isso atende a 1,5 milhão de famílias endividadas do Nordeste. No Ceará, são quase 347 mil famílias que serão diretamente beneficiadas”, afirma Eunício.
Faculdades de medicina
Eunício também anunciou a liberação de cinco faculdades de medicina para o interior do Ceará. Os municípios de Crateús, Itapipoca, Iguatu, Quixadá e Russas receberão as faculdades, segundo ele. Não há confirmação do Ministério da Educação (MEC).
A instalação de novos cursos de medicina é uma demanda antiga do Estado, mas ainda não foi confirmada pelo MEC. O Ministério divulgou a abertura de 11 novos cursos na terça-feira (1°), mas nenhum deles para o Ceará. Há previsão de edital que contemple Norte e Nordeste, mas a data de lançamento não está definida.
Crato e Quixeramobim, que também pleitearam o curso, não conseguiram viabilizar a candidatura por problemas com a documentação.
“Não conseguimos encaixar Crato e Quixeramboim porque os prefeitos não fizeram o dever de casa, não entregaram a documentação necessária”, pontuou Eunício, referindo-se, inclusive, ao ex-prefeito do Crato Ronaldo Mattos, que, na época, era do PMDB.TRIBUNADOCEARÁ
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