O ministro Herman Benjamin, relator do processo de cassação da chapa Dilma-Temer, afirmou que o depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco foi o que mais o impressionou pela naturalidade como ele tratou das ilegalidades na companhia.
De todos os depoentes que ouvi, foi um dos que mais me impressionou.
Me impressionou pela normalidade com que se referia a fatos tão graves, é como se aquilo fosse frieza. Outros mostravam profundo arrependimento, a maior parte, uma vergonha de ter atuado da forma como atuavam, mas no caso do senhor Pedro Barusco, essa indiferença, essa frieza, esse tom de normalidade me deixou muito impressionado — afirmou o relator.
O relator, Herman Benjamin, defendeu a cassação da chapa Dilma-Temer também por pagamentos feitos aos marqueteiros João Santana e Mônica Moura pelo estaleiro Keppel Fells, que atuou junto a Sete Brasil, fornecedora da Petrobras.
Segundo o relato dos marqueteiros, os pagamentos, realizados até novembro de 2014, eram relativos à campanha de 2010, mas havia um crédito rotativo com a campanha e eles só aceitaram trabalhar de novo para a chapa porque sabiam que assim poderiam receber valores atrasados.
— Sem esses pagamentos, como está nos depoimentos, os marqueteiros não fariam a campanha de 2014, porque pelo princípio da campanha tinham esse esquema de pagamento rotativo — disse o relator.
Ele já tinha votado pela cassação por entender ter havido uma "propina gordura" por doações recebidas por PT e PMDB de empreiteiras envolvidas na Lava-Jato em anos que antecederam o pleito de 2014.
(André de Souza, Carolina Brígido e Eduardo Bresciani)
.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)
0 comentários:
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.