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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

SOLSTÍCIO,FENÔMENOS NO OCEANO PACÍFICO PODE INFLUENCIAR NA OCORRÊNCIA DE CHUVAS NO CEARÁ

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, dezembro 16, 2016   Sem Comentários


Com fenômenos no Oceano Pacífico ainda indefinidos, o solstício e o aquecimento do Atlântico podem trazer esperança de chuva.


Somente quando já tiver corrido metade de janeiro vindouro, serão confiáveis as previsões sobre a quadra chuvosa no Ceará que se iniciará em fevereiro. Porém, até lá, a ocorrência do solstício, no próximo dia 21, poderá influenciar no volume de chuvas que banharão o Estado em 2017.

Conforme explica Raul Fritz, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), mais que o dia mais longo do ano, o solstício marca o início do verão, quando a luz solar incidirá com maior intensidade ao sul do Equador, e poderá promover diferenças de temperatura nas águas do Oceano Atlântico entre os
hemisférios Norte e Sul.

“A gente espera que o Oceano Atlântico reaja ao solstício. É ideal que haja uma diferença de temperaturas nas águas, e é positivo se elas se aquecerem mais próximo a nós. O que nos preocupa é se as águas do Hemisfério Norte permanecerem aquecidas”, detalha Fritz.

De acordo com a Funceme, a temperatura do oceano é importante porque a Zona de Convergência Intertropical — sistema meteorológico determinante de quão abundantes ou deficientes serão as chuvas no Norte do Nordeste do Brasil — tem sua ação mais significativa nos mares. Com as águas aquecidas, a convergência dos ventos faz com que o ar, quente e úmido, ascenda e carregue umidade do oceano para os altos níveis da atmosfera, levando à
formação das nuvens.

A mudança de comportamento das águas do Atlântico é esperança de chuva já que, segundo O POVO publicou no dia 9 deste mês, o fenômeno La Niña (com ações contrárias ao El Niño, que tem influenciado diretamente nestes cinco anos consecutivos de seca) deveria alcançar o ápice neste mês, o que não aconteceu. A aposta é que La Niña se transforme em águas neutras em meados de fevereiro ou março de 2017, e o Ceará não seja beneficiado pelo fenômeno.
Os açudes monitorados no Estado seguem com nível em queda e, segundo o Portal Hidrológico, estão com 6,9% da capacidade. Já são 38 reservatórios secos e 45 em volume morto, ou seja, 54,2% dos 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) estão impossibilitados ou apresentam severas dificuldades de fornecer água. O açude Castanhão está com 5,17% do volume e o Orós com 15,22% — os dois integram sistema que abastece Fortaleza.

Saiba mais

O primeiro prognóstico climático oficial para a quadra chuvosa só deve ser concluído e divulgado pela Funceme perto do dia 15 de janeiro.

O documento apresentará as probabilidades de cada uma das três categorias (abaixo, em torno e acima da média histórica) referentes ao acumulado de precipitações nos meses de fevereiro, março e abril.

Devido à indefinição das temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial, com tendência de neutralidade, a previsão é de que a quadra chuvosa não sofra a influência nem de El Niño nem de La Niña.
OPOVO

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