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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ELEIÇÕES DIRETAS; A VOLTA DO COLÉGIO ELEITORAL

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, dezembro 13, 2016   Sem Comentários


Não parece hoje muito factível que Michel Temer (PMDB) consiga se sustentar por mais dois anos no cargo, diante da gravidade das denúncias que surgiram no fim de semana. Sempre que delações surgiram, enfatizei que elas, por si só, não significam culpa. 

São palavras de delatores que confessam crimes. No caso, de Claudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht. Precisarão ser objeto de investigação e confirmadas. Porém, pela forma como os assuntos políticos passaram a ser conduzidos no Brasil, a comprovação nem sempre tem sido condição para provocar estragos. 

O que há contra Temer já é mais forte que os elementos que justificaram o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Há mais da metade do mandato presidencial pela frente. A chance de esse governo chegar ao fim de 2018 parece condicionada à cabal demonstração de que a delação da Odebrecht é uma mentira.

O maior risco envolvido com a possível queda de Temer é que, se não ocorrer dentro de três semanas, a escolha do novo presidente seria feita de forma indireta, pelas regras atuais. Ou seja, pelo Congresso Nacional. Sim, por esse Congresso que está aí. 

Que, no ano passado, escolheu para dirigi-lo Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O último está preso e o primeiro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de nova denúncia na Lava Jato, expelido da linha sucessória da Presidência da República. O Congresso que protagonizou aquele espetáculo de discursos bizarros no dia do impeachment.

Política é imprevisível e o desenrolar dos acontecimentos dará a tônica do futuro.

Porém, o quadro atual de deterioração da estabilidade do governo Temer lança dúvidas graves sobre a capacidade do governo Temer de se sustentar. Hoje, a tendência que parece mais provável é de o Brasil ter, nos próximos meses, eleição presidencial indireta. Coisa que não se via desde a época em que a ditadura militar estava moribunda e o Congresso era o famigerado colégio eleitoral.

SEM EMENDA

Diante da perspectiva cada vez maior de Temer cair, há movimentação no Palácio do Planalto para votar emenda constitucional que permite eleições presidenciais diretas no ano que vem. A possibilidade da eleição indireta é fator de força para o governo.

A FRAQUEZA DO GOVERNO REFÉM

O governo Temer não é popular, a legitimidade é extremamente questionável e está afundado em escândalos. O impacto que se esperava de que injetasse confiança e provocasse impacto rápido na economia não aconteceu. A situação segue se deteriorando. 

De modo que há um sustentáculo que mantém o governo em pé: o apoio político. Quanto mais o governo precisa dele, mais caro ele se torna. Como ele é absolutamente imprescindível para o presidente, o Planalto periga se tornar refém da parcela mais nefasta do Congresso Nacional.

Na semana passada, vazou a informação de que o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (foto), iria para o lugar de Geddel Vieira Lima na Secretaria do Governo. O Centrão não gostou e pleiteou a vaga, sob ameaça de rebelião. Temer precisa do apoio tanto do PSDB como do Centrão. 

Havia pré-disposição de peitar a insatisfação e confirmar Imbassahy. Como complicador, o tucano foi citado como tendo recebido propina da Odebrecht. Ok, o presidente também foi. Mas, fazer a indicação agora representaria desgastes em várias frentes.o povo

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