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terça-feira, 1 de março de 2016

PT X JOÃO SANTANA; O FIM DO FEITIÇO

Por ipuemfoco   Postado  terça-feira, março 01, 2016   Sem Comentários

A prisão do marqueteiro João Santana conduz a Lava Jato ao Planalto, Brasília ao terror – e os investigadores ao esquema internacional da Odebrecht

Sobranceiro, ele fez sete presidentes. Bruxo, começou logo pelo que parecia impossível: reeleger, em 2006, um Lula que sobrevivera por pouco ao mensalão. 

Parecia feitiçaria, e o feitiço ganhou o mundo. Não exatamente o mundo. De acordo com a nova linha de investigação da Lava Jato, ganhou os países onde a Odebrecht tinha interesses econômicos e Lula influência política. À eleição do petista, seguiram-se os presidentes amigos do lulismo e da empreiteira. Maurício Funes em El Salvador. Danilo Medina na República Dominicana. José Eduardo dos Santos em Angola. 

Chávez e Maduro na Venezuela. Enquanto fazia presidentes aqui e ali, cá e acolá, nas Américas e na África, o bruxo aperfeiçoou seu domínio das artes ocultas do marketing político e – abracadabra – elegeu uma desconhecida para o Palácio do Planalto. 

E, assim, o marqueteiro João Santana e a presidente Dilma Rousseff chegaram ao topo. E lá se mantiveram mesmo depois das eleições de 2014, sobranceiros. Ela, presidindo. Ele, aconselhando.

A prisão do bruxo na segunda-feira da semana passada, acusado de receber dinheiro do petrolão em contas secretas, desfez abruptamente o feitiço do poder. Esvaiu-se a última esperança no PT de que a força incontrolável da Lava Jato não adentraria o Palácio do Planalto. 

O bruxo está enrascado. Com ele, Dilma e Lula. Acima deles, a Odebrecht, cujo chefe, Marcelo Odebrecht, que faz companhia a João Santana na carceragem de Curitiba, comandava, segundo os investigadores, um esquema internacional de pagamento de propinas. É nesse grupo que a Lava Jato avança agora. 

Avança em meio aos destroços políticos das prisões, rumo às provas de que o marqueteiro, a empreiteira e o ex-presidente agiam juntos, aqui e lá fora. Segundo a suspeita do Ministério Público, a Odebrecht bancava o marqueteiro que elegia os presidentes amigos. 

A força-tarefa investigará também as gestões do ex-presidente Lula junto a esses mesmos presidentes amigos, que liberaram à Odebrecht dinheiro de contratos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Vai investigar também as conexões entre todos esses fatos.

A feitiçaria era perfeita como o melhor marketing político: funcionava sem ninguém perceber. Não mais. Abracadabra.
Revista ÉPOCA - capa da edição 924 - O trio acarajé (Foto: Revista ÉPOCA/Divulgação)



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