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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ZIKA VÍRUS; GRÁVIDAS ADEREM A REPELENTE

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, dezembro 11, 2015   Sem Comentários

Com a pele sempre exalando cheiro de citronela por causa do repelente e enfrentando o calor com um camada extra de roupas compridas. Essa é a rotina da auxiliar administrativo Sara Machado, 27, que, grávida de 18 semanas, tem redobrado os cuidados para afastar o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como a dengue, a chikungunya e o zika vírus. Por conta de 40 casos suspeitos e um confirmado de microcefalia relacionada ao zika vírus no Ceará, a doença tem preocupado Sara e muitas grávidas. 

“A gente se preocupa com todas essas doenças. Meu filho mais velho, de 5 anos, já pegou dengue. Estou providenciando as telas para todas as janelas de casa, uso o inseticida toda noite. E o que tem me afligido mesmo é esta história da zika por conta da microcefalia”, resume Sara. Apesar de a gestação dela já ter passado o período que o Ministério da Saúde institui como o que requer mais atenção, que são os três primeiros meses de gestação, ela não diminui os cuidados.

A recepcionista Amanda Xavier, 30, no segundo mês de gestação, vive este período e tem sofrido principalmente com o calor “porque nos falam para usar roupas compridas, mas, com o nosso clima, é difícil”, conta. Repelente usado como indica o rótulo, ventilador sempre na velocidade mais alta e a inspeção para que não fique nenhum foco de água parada em casa têm feito parte dos dias de Amanda.

Moradora de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, a advogada Juliana Padula, 33, entrou no quarto mês de gestação e, quando soube da relação entre os casos de microcefalia e o Aedes aegypti, procurou uma dermatologista para que fosse indicado o repelente mais adequado. “Fecho a casa inteira no início da noite, acendo velas de citronela e tenho conversado com os vizinhos para que todos olhem suas casas, cuidem das piscinas”, enumera, lembrando que os cuidados se estendem à filha de 4 anos.

Cuidados

A médica pediatra e geneticista Erlane Ribeiro reforça que o primeiro trimestre da gestação é o que exige mais zelo. Ela lembra que o zika vírus é de uma família que tem como característica a afinidade com o sistema nervoso central. “Mas é preciso que se mantenha a atenção por toda a gestação. E todos devem se preocupar e fazer com que o número de mosquitos diminua”, ensina.

A médica indica estratégias para se manter protegido do mosquito: “É preciso estar atento à lista dos químicos indicados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para repelentes e inseticidas que têm eficácia comprovada. Mas telas, velas de citronela podem ser usadas conjuntamente. Nestas horas, vale até voltar para o costume das avós de usar mosquiteiros”, indica.

Erlane ainda destaca que as pessoas devem se informar sobre a microcefalia com fontes confiáveis. “Estão espalhando boatos sobre danos a crianças maiores de 7 anos, sobre a vacina da rubéola ter gerado esse vírus, sobre pessoas que tiveram zika antes da gravidez e isso ter comprometido o feto. É tudo mentira. Não existe comprovação”.

Produtos repelentes de uso tópico podem ser utilizados por gestantes desde que estejam devidamente registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. Estudos conduzidos em humanos indicam que o uso tópico de repelentes a base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro, mas não deve ser usado em crianças menores de dois anos.

Além do DEET, no Brasil são utilizadas em cosméticos as substâncias repelentes Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate (Icaridin ou Picaridin) e Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP ou IR3535), além de óleos essenciais, como citronela. Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em gestantes, estes ingredientes são reconhecidamente seguros para uso em cosméticos.

Produtos saneantes e inseticidas podem ser utilizados em ambientes frequentados por gestantes desde que sejam registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo. Os inseticidas “naturais” — à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros — não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela agência até momento.

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