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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

REFLEXÃO; FAMÍLIA. A DELICADA RELAÇÃO DOS FILHOS COM OS PAIS IDOSOS

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, dezembro 14, 2015   Sem Comentários


A senhora aposentada de 60 anos não consegue entender os porquês.
Quer descobrir quais as razões de hoje serem os filhos a decidir se querem lhe ver. 

“Difícil engolir que, seja qual for o tipo de relacionamento que você estabeleceu com os filhos por toda a infância e adolescência — quero dizer, se você foi um pai presente, cuidadoso, dedicado em tempo integral, que conversa e dialoga, ou se foi aquele que ‘terceiriza’ tudo (deixa o filho com vó, com babá, ou com tablet e tevê) —, independentemente do tipo de pai que você foi, de um jeito ou de outro, agora são eles que decidem se querem conversar com você”.

A história é narrada pela professora Tania Zagury, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no livro Filhos adultos mimados, pais negligenciados (Record/2015). Na publicação, ela discute o fato de os limites e a liberdade colocados na criação de um filho direcionarem, mais à frente, já na idade adulta, os caminhos que serão dados na atenção aos pais.

A professora afirma que crianças e adolescentes criados com toda a atenção dos desejos e quereres vão deixando de lado a dedicação aos pais. “O livro não trata de agressões físicas ou verbais. Mas, principalmente, de atos de descaso”, pontua.

História de amor

Mas nem todas as histórias da relação de idosos com os filhos são de desamor e descaso como as relatadas no livro. No caso de Maria Siqueira de Araújo Passos, a Dona Liquinha, hoje aos 91 anos, os sete filhos são só cuidados e carinhos.

Ao olhar para a senhorinha de cabelo azul não se imagina a força que ela tem. Dona Liquinha se viu viúva jovem. Aos 29 anos, a então funcionária pública teve de enfrentar a vida sem o marido e com oito filhos para criar — o mais velho, José Aderson, não nem tinha dez anos. “Foi difícil. Mas com fé em Deus, consegui criar meus filhos e encaminhar todos para ser gente. E gente de bem”, orgulha-se.

Ela educou as crias em Viçosa do Ceará, na Região da Ibiapaba, para serem obedientes às regras e não dar “ao povo o que falar”. Uma vez, quando um dos filhos brigava na rua e ela foi apartar, ouviu de um vizinho que “só podia ser criado sem pai”. “Isso me magoou tanto. E eu fazia de tudo para não ouvir aquilo nunca mais”, recorda-se.

Hoje, como retribuição, os sete filhos ainda vivos enchem a senhora de amor. Eles se reúnem, todos os anos, para o maior evento da família: o aniversário da senhora. “Eduquei meus filhos sobre o que é certo e o que é errado. E hoje eles me retribuem”, sorri.

“Um olhar já era suficiente para a gente atender à mamãe. A gente se divertia, mas respeitava muito”, descreve a quarta filha, a aposentada Francisca Maria Passos, 67. “Ela é nosso maior bem”, completa.

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