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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

MEIO AMBIENTE;O QUER PREVINI UM DESASTRE NO CEARÁ

Por ipuemfoco   Postado  quinta-feira, novembro 19, 2015   Sem Comentários


O Ceará tem empresas que lidam com grandes riscos de tragédias ambientais. Seja a explosão de um parque de tancagem ou o derramamento de material químico que
venha a afetar ecossistemas e a população. E para atuar no combate a uma catástrofe, caso venha a ocorrer, Estado e empresas têm de estar totalmente preparados.

Das atividades de maior riscos no Estado, estão transporte de graneis líquidos e o estoque de combustíveis. O temor é quanto à ocorrência de explosões e incêndios. Já na fabricação de produtos químicos, o temor é de um acidente que possa espalhar gases com o vento, atingindo, principalmente, os primeiros dois quilômetros de raio ao redor da unidade de produção. 


Moacyr Duarte, pesquisador sênior do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, ainda acrescenta que postos de combustíveis que trabalham com abastecimento a gás têm risco de explosão. “Em geral os postos são seguros, pois o combustível fica armazenado no subsolo. O maior risco é ambiental, de contaminar lençol freático”, diz.


Mas antes que qualquer atividade de risco seja exercida no Estado, são necessários estudos prévios para atestar sua segurança. Uma vez em funcionamento, todas as empresas, potenciais poluidoras, obrigatoriamente, têm que ter plano de emergência para remediação em caso de acidente, que devem estar de acordo com os parâmetros do órgão ambiental dos estados. 


Era esse o tipo de plano que a mineradora Samarco tinha, mas não funcionou no caso da catástrofe no município de Mariana (MG), em que duas barragens com 62 milhões de metros cúbicos de água com rejeitos de minério de ferro da empresa se romperam.

No Ceará


Acidente de tamanhas proporções ainda não ocorreu no Ceará. Mas dentre as atividades exercidas de grande risco, as petrolíferas são as de maior potencial para tragédias, pois há atividade que envolve a ancoragem de navios com volumes de óleo que podem chegar a 10 mil toneladas. 

Tanto o porto do Mucuripe como do Pecém concentram atividades do tipo. No Mucuripe, o risco é ainda maior por conta da alta densidade populacional do entorno.

“O perigoso lá não é somente no caso de derramamento de produtos, mas também há risco de possíveis explosões e incêndios, por conta do tipo de material inflamável (gás de cozinha e combustíveis) e em grande quantidade que são movimentados nesses espaços”, analisa o coronel Ricardo Rodrigues, chefe da assessoria de comunicação e imprensa do Corpo de Bombeiros do Ceará.

Ele diz que as causas de acidentes são as mais variadas, mas acontecem principalmente na hora de fazer o transporte dos produtos, pois possuem alta volatilidade. 


“Tem que ter constante atenção com os cilindros de contenção e no manuseio de determinados equipamentos de solda. Mas, em suma, os acidentes acontecem ou por falhas de ordem manual, do homem, ou pode ser intencional, doloso”, detalha.

Moacyr Duarte avalia que como o Ceará não tem indústria de mineração nem muitas indústrias químicas, os riscos não são tão grandes como os de Minas Gerais. 


“No caso do Porto, exige-se o conhecimento das correntes marítimas e o monitoramento delas para saber para onde a substância que foi derramada no mar está indo e que raio ela vai afetar”. No caso de vazamento de produto gasoso tóxico, em indústria química, o estudo do vento é necessário.


NÚMEROS


30 é o número de bombeiros que ficam 24h de prontidão em cada um dos Portos

Quais as prevenções?*

LubnorUtiliza dois portos. 

Para evitar acidentes com inflamáveis, a empresa possui planos de manutenção e inspeção. São realizados simulados de situações de risco operacional, de emergência, que contam com comunidades

Transpetro

A empresa transporta graneis líquidos e possui o Plano de Resposta à Emergência em suas unidades, com Centros de Resposta à Emergência (CRE), onde estão equipamentos para atendimento de ocorrência

CSP

Possui Programa de Gestão de Riscos e Plano de Emergência e Desastre. Realiza análises de riscos no meio ambiente e nas suas atividades

M.Dias Branco

A companhia atua muito mais na forma preventiva. Mas, quando acidentes acontecem, a empresa aciona seu Comitê de Crise, que atua 24 horas

Nufarm

A produtora de agrotóxicos faz Relatório de Caracterização Ambiental (RDA) - mapeia riscos ao meio ambiente, e Estudo de Dispersão Atmosférica (EDA) - medição de poluição do ar. Há Plano de evacuação

Cearáportos

Dispõe de equipamentos de combate a incêndios no Pecém. Em terra, o Pier 2 de movimentação do Gás Natural dispõe de embarcação para combate a incêndio. Há duas ambulâncias 24h

Ibama

Possui o Núcleo de Prevenção e atendimento de Emergências no Ceará - atua nos desastres ambientais. O órgão pode aplicar multas nas empresas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões

Semace

Responsável por liberar licenças prévia, construção e de instalação. Monitora resíduos sólidos, efluentes líquidos e gasosos, semestralmente, quadrimestralmente ou bimestralmente s

Companhia DocasTem CRE, PEI, barreiras de contenção, Guarda Portuária, e quartel do Corpo de Bombeiros

*Informações foram fornecidas pelos órgãos e empresas

Território Marítimo

No Ceará, deve haver dois Planos de Área: um para o Porto do Mucuripe e outro para o Porto do Pecém, pois há riscos de acidentes em território marítimo

O Plano de Área do Mucuripe foi elaborado pelas empresas instaladas no equipamento. O Ibama ainda está analisando o documento, de cerca de 800 páginas, juntamente com outros órgãos: Semace, Secretaria e Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) e Marinha do Brasil

Segundo Carlos Alberto Maia, do Ibama, a análise do documento deve ser finalizada até o primeiro semestre do próximo ano. Ele diz que, do Nordeste, o Estado foi o primeiro a dar início a um Plano de Área, que é determinação do Decreto Federal 4.871/2003, que dispõe sobre a instituição a obrigação de elaborar um documento para o combate à poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional.

O Plano de Área do Pecém ainda não foi elaborado, porque depende de Decreto Estadual e, segundo o Ibama, será elaborado por meio de empresa contratada em processo de licitação.OPOVO

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