Incapacidade do governo Dilma de poupar recursos vai na contramão das medidas de ajuste fiscal propostas por sua equipe econômica.
Economia do governo até abril foi prejudicada pela queda na arrecadação e pelo aumento dos gastos obrigatórios
Levantamento feito com base em dados do Tesouro mostram que o governo Dilma conseguiu economizar apenas 4 reais de cada 100 reais arrecadados no primeiro quadrimestre deste ano, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira.
Na contramão das medidas de ajuste e de contingenciamento orçamentário, o governo vê cada vez mais a sua poupança diminuir com a queda nas receitas e a escalada das despesas obrigatórias nos últimos anos.
No primeiro quadrimestre de 2014 e 2013, a União conseguiu poupar 9 reais de cada 100 reais da receita. Em 2011, o último ano em que o governo conseguiu cumprir a meta fiscal, foram economizados 16 reais de cada 100 reais do montante recolhido de janeiro a abril. Em 2008, a economia era de 25 de cada 100 reais.
Os resultados são preocupantes porque o primeiro quadrimestre é o período em que o governo costuma poupar mais, porque as despesas previstas no Orçamento ainda estão em fase inicial e as receitas são reforçadas pelo pagamento de Imposto de Renda. A equipe econômica do governo tem como meta atingir um superávit primário (economia para pagar a dívida pública) de 1,1% do PIB.
Em parte, a poupança magra é reflexo da baixa na arrecadação, que caiu de 377 bilhões de reais para 360 bilhões de reais de 2014 para 2015, levando em conta o primeiro quadrimestre e valores corrigidos pela inflação.
Também é responsável por isso o aumento crescente das despesas obrigatórias. Só os desembolsos de progamas ligados ao salário mínimo, como previdência, seguro-desemprego e abono salarial, aumentaram em 51% acima da inflação de 2008 para 2015.
No primeiro quadrimestre de 2014 e 2013, a União conseguiu poupar 9 reais de cada 100 reais da receita. Em 2011, o último ano em que o governo conseguiu cumprir a meta fiscal, foram economizados 16 reais de cada 100 reais do montante recolhido de janeiro a abril. Em 2008, a economia era de 25 de cada 100 reais.
Os resultados são preocupantes porque o primeiro quadrimestre é o período em que o governo costuma poupar mais, porque as despesas previstas no Orçamento ainda estão em fase inicial e as receitas são reforçadas pelo pagamento de Imposto de Renda. A equipe econômica do governo tem como meta atingir um superávit primário (economia para pagar a dívida pública) de 1,1% do PIB.
Em parte, a poupança magra é reflexo da baixa na arrecadação, que caiu de 377 bilhões de reais para 360 bilhões de reais de 2014 para 2015, levando em conta o primeiro quadrimestre e valores corrigidos pela inflação.
Também é responsável por isso o aumento crescente das despesas obrigatórias. Só os desembolsos de progamas ligados ao salário mínimo, como previdência, seguro-desemprego e abono salarial, aumentaram em 51% acima da inflação de 2008 para 2015.
Com isso, eles passaram a consumir de 37% a 45% da receita num intervalo de sete anos. Mesmo programas, cujas despesas não são consideradas obrigatórias, como o Minha Casa, Minha Vida, tem implicado em gastos por contratos firmados em anos anteriores.VEJA
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