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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

BEIJA-FLOR É A GRANDE CAMPEÃ DO CARNAVAL CARIOCA

Por ipuemfoco   Postado  quarta-feira, fevereiro 18, 2015   Sem Comentários

A escola de Nilópolis, na Baixada Fluminense, resgatou neste carnaval a exaltação da cultura e a alma africana, tema que já deu à azul e branca vários campeonatos. Terceira escola a entrar na Sapucaí neste 2º dia do Grupo Especial do Rio, a Beija-Flor defendeu o enredo: "Um Griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa felicidade".
Beija-Flor (Foto: G1)
Vencedora de 12 títulos no carnaval carioca, a Beija-Flor optou mais uma vez pelo luxo e tradição, sem recorrer a grandes inovações ou recursos tecnológicos, apostando na perfeição técnica e na empolgação dos seus integrantes apaixonados para esquecer o 7º lugar do ano passado e voltar a sonhar com as primeiras colocações.

Embalado pela voz única e marcante de Neguinho da Beija-Flor, que neste ano completa 40 anos de escola, o samba-enredo foi ponto alto e ajudou a manter a empolgação dos 3.700 componentes, que vieram distribuidos em 42 alas, 7 carros e 1 tripé.

Homenagem polêmica

Antes de entrar na Avenida, a Beija-Flor se viu em meio à uma polêmica, em razão do patrocínio recebido do país africano homenageado, que é uma ditadura comandada há 35 anos por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e tem como base da economia a exploração do petróleo.

O presidente da Beija-Flor, Farid Abraão, negou que o governo da Guiné Equatorial tenha investido R$ 10 milhões no carnaval da escola, mas admitiu ter recebido contribuição do país, sem, no entanto, informar o valor.

"A gente pegou um enredo para falar de um país africano, um país que até então muita gente não conhecia. Nossa questão aqui é carnaval. O regime não nos compete. Cuba era odiado pelo mundo democrático e hoje está sendo abraçado", disse Farid, em entrevista ao G1.

Desfile afro colorido

Polêmica à parte, o desfile da Beija-Flor deixou a política de lado e focou nas belezas e na cultura do país, apresentando um desfile poderoso, de alegorias e fantasias impactantes e rebuscadas, com uma profusão de máscaras, carrancas, búzios, plumas, palha e sisal.

A comissão de frente veio sem elementos cenográficos. Munidos de lanças e escudos, os bailarinos fantasiados de guerreiros formavam uma árvore na avenida. Em formato de máscaras, os escudos causaram impacto ao trazer movimentos de expressões faciais, comandados por controle remoto.

À frente do abre-alas, um tripé trouxe uma escultura da imagem do diretor de carnaval na figura de um griô, velho sábio que conta as histórias antigas aos mais jovens.
Com máscaras, comissão de frente encarnou guerreiros
de uma tribo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Para retratar a Guiné Equatorial, a escola abriu mão de suas cores: azul e branco, que marcaram presença apenas nos detalhes. No início, o predomínio foi do verde das florestas e da ceiba, conhecida como a "árvore da vida", um dos símbolos da África Ocidental.

Na sequência, o sambódromo foi tomado por uma explosão de cores, rretratando os ritos, costumes e as roupas usadas pelos habitantes do pequeno país africano ainda hoje.

As investidas dos explodores europeus também foram lembradas, assim como o tráfico de escravos. Um carro com cacau, diamante e petroleo exaltou as riquezas do país.

Encerrando o desfile, a mistura dos povos e a celebração da formação da nação brasileira e o enlace entre o Brasil e a Guiné Equatorial.

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